POLÍTICA INTERNACIONAL: A juventude brasileira incidindo para além das fronteiras

carteira de estudante

CNJ

Os direitos da juventude vêm sendo conquistados pouco a pouco. O Brasil é considerado um país de referência em políticas para jovens, mas os brasileiros e brasileiras de 15 a 29 anos querem bem mais: discutir e incidir na política a partir de articulações com outros países. Para isso, a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) realizaram o 2º Seminário de Juventude e Política Internacional, que aconteceu na última terça-feira (02) até quinta-feira, em Brasília. A Associação Nacional de Pós-Graduandos esteve presente no evento, representada pelo diretor de Juventude, Marcelo Arias.

45 jovens foram selecionados para participar da formação. Eles e elas são membros de entidades da sociedade civil que atuam pelos direitos dos jovens em várias partes do país. As cinco regiões brasileiras estão representadas pelas lideranças juvenis que devem compartilhar suas experiências em relação aos avanços e desafios para inserção de jovens em processos multilaterais, que envolvam o Brasil, e no exterior.

SNJ e política internacional

A partir de 2011, a SNJ iniciou uma agenda internacional, aderindo à Organização Iberiamericana de Juventude (OIJ), à Reunião especializada da Juventude no Mercosul, à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), além de parcerias importantes com agências internacionais de juventude. “Queremos discutir a possibilidade de consolidar ainda mais a secretaria para que a juventude possa atuar internacionalmente, com financiamentos e continuidade de organizações de juventude articuladas com outros países”, afirmou a secretária nacional de juventude, Severine Macedo.

De acordo com Ângela Guimarães, o Brasil é bem recebido no exterior em relação aos marcos legais e políticas de juventude, como o Estatuto da Juventude, o Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve) e o Plano Nacional de Juventude. “Nossas idas nesses eventos internacionais têm que repercutir, refletindo as 51 milhões de vozes dos jovens brasileiros. O que nós queremos construir é esse outro mundo possível, livre das desigualdades”, frisou.

Um dos principais objetivos do evento é preparar as jovens lideranças para participarem de reuniões e fóruns internacionais. A ideia é que os temas relacionados à juventude sejam garantidos nesses espaços, em especial, nas agendas para o desenvolvimento pós-2015. É o que afirma Anna Cunha, oficial de programa do Unfpa. “É fundamental termos uma crescente participação qualificada para contribuir no debate. Ninguém melhor do que os jovens para falarem sobre sua própria agenda”, disse.

Edi Ferreira dos Santos, membro do Conselho de Juventude da ONU Habitat, é um dos participantes do seminário. Ele representa o Movimento de Favelas de Santo André (SP) e já participou de eventos internacionais, como o Fórum Urbano Mundial, que ocorreu este ano em Medelim, Colombia. “Aqui estamos tendo contato com diversas visões do país e do mundo sobre a política de juventude. A partir disso, formamos um consenso maior sobre nossos desafios e trabalharemos de forma conjunta”, opinou.

Da redação com informações SNJ