Fapeg atrasa o pagamento de bolsas de pós-graduação

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A ANPG está recebendo e-mails de pós-graduando alertando sobre o atraso no pagamento de bolsas da FAPEG. A entidade entrou em contato com a Fundação que afirmou que o Governador do Estado ainda não nomeou um novo Presidente e por isso não existe uma responsável para assinar a liberação do recurso.
A entidade também está ajudando a organizar uma reunião para debater o assunto:
Agenda Goiás promove reunião para discutir piso de investimento em CT&I
Nesta terça (29/01), a partir das 14h30, a Agenda Goiás promove reunião com professores e pesquisadores de todas as Instituições de Ensino Superior do estado. O objetivo é o de discutir medidas contra a flexibilização no piso de 3,25% investimento na execução da política de Ciência e Tecnologia, inclusive a nível estadual.
O texto proposto na emenda aditiva ao artigo 158 da constituição estadual, ao inserir que pode ser investido até 3,25% das receitas líquidas do estado em CT&I, tira a obrigatoriedade constitucional do estado de investir a porcentagem mínima na área. Por isso, é necessária uma discussão aprofundada para encontrar maneiras de barrar a flexibilização no piso de investimento. A reunião acontecerá no Auditório do Espaço Cultural, de Lazer e Saúde, na sede administrativa do Adufg-Sindicato.
Serviço
Reunião/Agenda Goiás
Dia: 29/01 (nesta terça-feira), a partir das 14h30
Local: Auditório no Auditório do Espaço Cultural, de Lazer e Saúde. Endereço: Rua 229, Setor Leste Vila Nova (Sede Administrativa do Adufg-Sindicato).
Mais sobre o assunto:
O Jornal Mais Góias publicou uma reportagem do jornalista Artur Dias sobre o assunto. Leia:
“Pesquisadores beneficiados pelas bolsas formação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás – Fapeg estão enfrentando dificuldades com o atraso no pagamento das mesmas. Estudantes de mestrado e doutorado estão reclamando de atrasos constantes que vêm desde julho de 2018
De acordo com a Associação de Pós-Graduandos da Universidade Federal de Goiás – APG-UFG, desde novembro o benefício não tem sido repassado aos bolsistas. Essa situação tem prejudicado tanto o desenvolvimento das pesquisas científicas quanto a vida pessoal dos estudantes.
O presidente da Associação de Pós-Graduandos da Universidade Federal de Goiás – APG-UFG e bolsista da fundação, Carlos Klein, afirma que os bolsistas da Fapeg sempre lidaram com atrasos, mas que a situação piorou desde o segundo semestre de 2018.
“Sempre tivemos atrasos nas bolsas. Mas eles eram previsíveis e regulares. Normalmente caía uns cinco dias depois do previsto. Mas em julho tivemos um atraso de mais de um mês. Depois disso, demoravam várias semanas para pagar. E agora estamos enfrentando essa situação”, ressaltou Klein.
O presidente acredita que os atrasos são muito prejudiciais não apenas para os estudantes, mas para todo o estado de Goiás. “Esse tipo de situação compromete a seriamente a produção científica e atrasa o desenvolvimento tecnológico da nossa região”, ressalta.
Leia a matéria completa aqui

A Rede de Amigos da Ciência responsável pela Agenda Goiás em Defesa da CT&I soltou a seguinte nota:

Mais uma vez, o vírus do atraso volta a atacar a ciência goiana
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – Regional Goiás (SBPC), o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg Sindicato), a Associação de Pós-graduandos e Pós graduandas da UFG (APG-UFG) e a comunidade científica, tecnológica e acadêmica e dos sistemas estaduais de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) do estado de Goiás dirigem-se às autoridades constituídas e à população goiana para externar o sua total desaprovação quanto à emenda aditiva ao artigo 158 da constituição estadual que propõe uma flexibilização no piso de 3,25% de investimento na execução da politica de Ciência e Tecnologia, inclusive na educação superior estadual.
Compreendemos que o texto proposto na emenda, ao inserir que pode ser investido até 3,25% das receitas líquidas do estado em ciência e tecnologia, tira a obrigatoriedade constitucional do estado de investir no mínimo 3,25% em CT&I. Com isso, na prática, deixaria de haver vinculação constitucional para UEG, Fapeg, Emater e Ciência e Tecnologia em geral.
Para nós esta proposta é aviltante e se aprovada na Assembleia Legislativa, vislumbramos uma grave crise na Ciência, Tecnologia e Inovação no estado de Goiás, que é uma área estratégica e indispensável para que tenhamos um estado pujante, forte, produtor de conhecimento, diverso e, acima de tudo, que proporcione o crescimento intelectual, cultural, econômico e científico da população goiana de forma equânime.
Uma situação inaceitável num estado que vem ao longo de décadas lutando para sair da condição de periferia da produção científica nacional, para consolidar suas universidades, atrair e manter talentos e empresas que possam promover a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes.
A partir de tais acontecimentos, reivindicamos que os parlamentares repudiem a redução dos índices para a C&T na Constituição do Estado, o que irá prejudicar toda a sociedade goiana. E conclamamos a todos que lutem pela não aprovação desta emenda orçamentaria e pela garantia dos recursos de CT&I na Carta Estadual. Só assim poderemos nos prevenir contra a infestação e propagação de outros vírus que insistem em rondar as questões ligadas ao desenvolvimento cientifico, tecnológico, cultural, econômico e social de Goiás.
Investir em ciências é investir em Goiás! ✅