“É preciso combater a desigualdade salarial entre professores e demais profissionais”, diz presidenta da ANPG em debate

carteira de estudante

Apeoesp

A presidenta da ANPG, Tamara Naiz, participou, nesta quarta-feira (16), do Grito pela Educação Pública de Qualidade no Estado de São Paulo, evento promovido pela Apeoesp, com o apoio de diversas entidades do movimento estudantil e social. Para o evento, foram montadas tendas na praça da República, região central da capital paulista, onde ocorreram os debates.

Tamara integrou a mesa “Valorização dos profissionais da educação, de acordo com a meta 17 do PNE, carreira, condições de trabalho e formação inicial e continuada”, juntamente com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão.

A meta 17, do Plano Nacional de Educação (PNE), diz o seguinte: valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas da Educação Básica, a fim de equiparar o rendimento médio dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano da vigência deste PNE.

Atualmente, o rendimento médio dos professores da Educação Básica é 57,3% do salário médio dos demais profissionais com a mesma escolaridade (dados de 2013). A meta é que, até 2020 o salário dos docentes seja equiparado ao dos demais profissionais.

“A formação e valorização dos professores é, sem dúvida, um dos maiores desafios que temos na educação básica. Para se ter ideia, apenas 2% dos jovens brasileiros querem ser docentes. Já temos um déficit grande de profissionais da Educação”, disse Tamara.

O desinteresse dos jovens pela carreira docente na Educação Básica é apontado como um conjunto de fatores: salários injustos, ausência de planos de carreira, descaso e pouca prioridade para as licenciaturas nas universidades e difíceis condições de trabalho nas escolas.

“Essa realidade precisa ser combatida. É preciso tornar mais atraente a carreira docente, por meio da valorização salarial, formação inicial sólida, com ênfase na atuação na sala de aula, incentivo à formação continuada, plano de carreira estimulante e melhores condições de trabalho, com estruturação das escolas”, afirma a presidenta da ANPG.

Da redação