Prêmio Nobel de Química incentiva juventude à perseverança durante 64ª RA da SBPC

carteira de estudante

 

 

"Se achar algo interessante, insista, não abra mão disso, não largue o osso, seja tenaz e autoconfiante”. A declaração, vibrante, foi feita pelo Prêmio Nobel de Química, o cientista israelense Daniel Schechtman, diante de um público predominantemente jovem, nesta terça-feira (24), no auditório principal da Universidade Federal do Maranhão (UfMA), onde se realiza a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).



Schechtman ganhou o prêmio, no ano passado, por suas pesquisas de mais de 30 anos na área de cristalografia, que resultaram na descoberta de centenas de matérias quasiperiódicas, os quasicristais, que permitem o desenvolvimento de materiais, de proteções antiaderentes a outras, resistentes como o aço.



Antes do reconhecimento público, o cientista israelense enfrentou a rejeição de suas ideias por colegas, professores e publicações científicas. “Nem sempre é fácil encarar o negativismo, temos que ter coragem”, destacou. 



Para a presidenta da SBPC, Helena Nader, a presença de Shechtman – o primeiro prêmio Nobel a participar do evento – pode marcar a vida dos adolescentes que acompanharam seu relato no Maranhão. “Ele estimulou o conhecimento, ao mostrar a importância de acreditar em si mesmo, ter perseverança e estudar sempre”, avaliou. 



A estudante Jayce Adeane admite ter ficado impressionada com o relato do cientista premiado. “Participo pela primeira vez de um evento científico e acho que a SBPC tem um papel fundamental por despertar e desenvolver o interesse dos jovens pela ciência”, disse a futura engenharia da computação. 



Emocionada após ouvir um Nobel de Química, Jayce notou um detalhe peculiar no traje do cientista. “Minha gravata tem um padrão quasiperiódico [na estampa]”, respondeu Schechtman. “O Technion, instituto de tecnologia onde trabalho, encomendou várias peças e, aqui em São Luís, dei uma de presente ao ministro [da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp]”, concluiu o Prêmio Nobel de Química. 

 

 

Fonte: MCTI