41 CONAP: Desafios da educação superior e da ciência, tecnologia e inovação no Brasil

carteira de estudante

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As pós-graduandas e os pós-graduandos que participam do 41 CONAP, debateram hoje, 25 de novembro, os principais desafios da educação superior e da ciência, tecnologia e inovação. O debate aconteceu na mesa que abriu o segundo dia do conselho e contou com a presença do reitor da Universidade do Piauí e vice, presidente da Andifes, José Arimateia, Davi Telles, secretário da Ciência e tecnologia do Estado do Maranhão e a professora Cinthya Carvalho, conselheira da SBPC.
Os convidados apresentaram os desafios e reforçaram a importância da universidade pública. Para o secretário geral Davi Telles, um dos grandes desafios é desenvolver uma convergência entre os pesquisadores. ”O Estado do Maranhão é responsável por 87% da produção de coco babaçu e ele é um ativo estratégico por varias razões como, por exemplo, produção de carvão, biodisel, segurança alimentar entre outras coisas. Temos muitos pesquisadores estudando o tema, mas o interessante era convergir com todos os estudantes do país sobre o assunto”. O secretário também reforçou que estado do Maranhão também está desenvolvendo uma estratégia ousada de internacionalização da academia. “Mas é preciso um programa nacional focado na mobilidade acadêmica. É necessário que as universidades se unam em torno deste tema”, explicou.
O reitor Arimateia também trouxe pesquisas importantes sobre a Universidade e fez um apelo sobre a grave crise financeira que as universidades federais estão passando. “Tenho 40 anos de academia e pela primeira vez duas coisas me chamaram atenção: 2017 com um orçamento menor (de custeio) do que 2016 e ainda tem os contingenciamentos. E a previsão que os recursos para as Universidades Federais serão todos concentrados no MEC, com isso a universidade não terá autonomia para gerenciar os recursos”, explicou.
O professor ainda falou da importância da democratização do ensino, ampliação de vagas e redução de desigualdades regionais. “Até 2009 o Piauí tinha nove cursos de mestrado e nenhum doutorado. Hoje temos 53 cursos de mestrado e doutorado também. E isso está comprometido com a falta de recursos. A falta de orçamento compromete todo o PME”.
Após as falas, as pós-graduandas e os pós-graduandos também se pronunciaram sobre a situação das Universidades e defenderam que é preciso se posicionar contra os cortes e sempre a favor da Universidade pública e gratuita.