Ciência brasileira fica em 23º lugar em ranking da revista 'Nature'

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Cientistas brasileiros contribuíram com 670 artigos publicados em 2013.
Índice da ‘Nature’ leva em conta principais periódicos científicos do mundo.

Estudantes da USP na Praça do Relógio, na Cidade Universitária em São Paulo: universidade foi a que mais contribuiu com a publicação de artigos em 2013 no Brasil (Foto: Cecília Bastos/Jornal da USP/Divulgação)
Estudantes da USP na Praça do Relógio, na Cidade Universitária em São Paulo: universidade foi a que mais contribuiu com a publicação de artigos em 2013 no Brasil (Foto: Cecília Bastos/Jornal da USP/Divulgação)

Em 2013, pesquisadores brasileiros publicaram 670 artigos nas revistas científicas mais importantes do mundo, o que levou o país a ficar em 23º lugar em um ranking de desenvolvido pela prestigiosa revista “Nature”. A primeira edição do suplemento “Nature Index Global” – que reuniu informações sobre 100 países e suas instituições que contribuíram com as pesquisas mais relevantes de 2013 – foi publicada na semana passada.

O índice levou em conta somente os artigos publicados em 68 periódicos científicos de grande impacto. Essa lista foi definida por pesquisadores independentes que responderam em qual revista eles gostariam de publicar suas pesquisas mais significativas.

Entre os países da América Latina, o Brasil foi o melhor colocado no ranking, seguido por Argentina (31º lugar) e México (34º lugar). Os três países foram responsáveis por 92% do total de investimento em ciência e tecnologia na região, segundo o suplemento. O relatório observa que o Brasil foi o único país latino-americano que investiu mais de 1% de seu produto interno bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento e que a Universidade de São Paulo (USP) foi a instituição que mais publicou artigos em 2013.

A taxa de colaboração internacional do Brasil, porém, foi considerada baixa em comparação a outros países da América Latina. Se no Brasil essa taxa é de 2,2, no México, é de 2,7 e, no Chile, de 4,3. O programa Ciência sem Fronteiras foi citado como uma estratégia do país para promover esse tipo de colaboração.

Brasil teve melhora de 17,3%
Para compor o ranking, o número avaliado não é o total de artigos publicados por país, mas o de “contagem fracionada ponderada” (WFC, na sigla em inglês). Esse índice leva em conta a porcentagem de autores de cada país e o número de instituições afiliadas em cada artigo.

Também apresenta uma correção para diminuir o peso dos artigos na área de astronomia e astrofísica, já que o número de publicações nestas áreas é muito maior do que em outros campos do conhecimento cobertos pelo índice da “Nature”.

No caso do Brasil, foram 670 artigos que tiveram ao menos um autor brasileiro. O índice de WFC, por sua vez, foi de 233,81. O país teve um aumento de 17,3% nesse índice entre 2012 e 2013. No caso dos Estados Unidos, que ficaram em primeiro lugar, foram 27.355 artigos publicados com ao menos um autor americano. Já o índice de WFC dos EUA foi de 18.642,88.
O Brasil ficou atrás de países como Austrália, Índia e Rússia e à frente de países como Portugal, Argentina e Chile.

Fonte: G1