Moção sobre nova ameaça de corte

carteira de estudante

Não vamos pagar pela crise

Endereçamento: Presidência do Senado; Presidente da Câmara; demais congressistas;
Com Cópia à Presidência da República e ao Ministérios da Fazenda e do Planejamento

Na noite de ontem (27) veiculou-se na imprensa que, seguindo orientação do TCU, o Governo Federal deveria executar novo plano de cortes de gastos até que fosse aprovada a revisão das metas fiscais de 2015 pelo Congresso Nacional. Tais cortes, calculados em 10 bilhões de reais, serão oficializados através de decreto que deve ser publicado na segunda feira (30) e atingem despesas discricionárias, como contas de luz, água, despesas com viagens, diárias e bolsas no Brasil e no Exterior.

Esta notícia nos preocupa, juntamente com os Pós-Graduandos e Pós-Graduandas por todo o país. A ANPG tem se posicionado constante e firmemente contra quaisquer cortes orçamentários na área de Educação, Ciência e Tecnologia e outras políticas sociais e setores estratégicos. Temos a convicção que estes novos cortes podem ser evitados se o Congresso Nacional aprovar o novo plano de metas fiscais enviado pelo Governo ao Congresso há mais de 30 dias e que fica sendo utilizado como forma de chantagear o Governo Federal.

Quando o jogo político ameaça direitos sociais, em especial bolsas de estudo, não nos é possível permanecer calados. É certo que a grande mídia tem papel privilegiado na formação da agenda política nacional, mas é preciso que o Congresso Nacional pense mais no povo que o elegeu do que na simpatia dos veículos de comunicação.

Não é justo que o povo pague pela crise. Os congressistas devem honrar seus votos e interromper a chantagem política em curso, apelidada de ‘crise política’ pelos seus arquitetos nas grandes redações de notícias.

É hora de unidade para tirar o Brasil da conjuntura de crise. Por isso exortamos os senhores congressistas a aprovarem as novas metas fiscais e apoiarem medidas que contribuam com a retomada investimento público como caminho para o desenvolvimento.

Fortaleza, 28 de novembro de 2015