ANPG participa de 1ª Reunião do Grupo de Trabalho “Inclusão Social na Pós-Graduação” da CAPES

carteira de estudante

Reunião CAPES

Primeira recomendação aprovada no grupo foi inserir um questionário socioeconômico etnicorracial obrigatório na plataforma Sucupira

O diretor da ANPG, Gabriel Nascimento, participou, representando a entidade, da primeira reunião do Grupo de Trabalho “Inclusão Social na Pós-Graduação”, realizada na sede da CAPES, na tarde desta sexta-feira (18). Na ocasião, também estiveram presentes representantes do CNPq, Educafro, Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), Foprop e Andifes.

“Hoje é um dia memorável na história do Brasil! Hoje começa a funcionar, aqui na sede da Capes, agência de pesquisa e regulamentação da Capes, o grupo de trabalho ‘Inclusão social na pós-graduação’”, diz Gabriel.

Durante a reunião, houve uma longa discussão sobre o perfil dos pós-graduandos brasileiros. Apenas 16, 64% dos estudantes (mestrandos e doutorandos) cadastrados na Plataforma Sucupira (da Capes) são pretos e pardos.

Esse grupo de trabalho é o primeiro dedicado a estudar por que ainda é pequena a presença de negros, índios e demais grupos sociais vulneráveis na pós-graduação.

“É uma honra para mim estar aqui representando a ANPG e os pós-graduandos brasileiros. Como negro e baiano, estou ladeado pela Educafro e pela Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN)”, comenta Gabriel.

A primeira recomendação aprovada no grupo foi inserir um questionário socioeconômico etnicorracial obrigatório na plataforma Sucupira em que todos os pós-graduandos vão ter que preencher, para que haja dados efetivos. Esse questionário é um pedido antigo da ANPG. O próximo passo é ser aprovado no Conselho Superior da Capes.

Durante a reunião, Gabriel também propôs uma nova modalidade de bolsas de ações afirmativas, separada da modalidade Demanda Social da Capes (a ex. da Bolsa PIBIC AF) para os pós-graduandos negros e índios que ingressarem na pós. “Também propus que a discussão de revisão da concessão de bolsas seja feita e que a comissão sugira recortes etnicorraciais na demanda social, obrigando os programas a respeitarem o preenchimento via perfil socioeconômico. Importante acompanhar isso porque essa briga vai ter que ser feita, se aprovada no CS da Capes, em cada universidade”, diz.

Da redação