Mulheres são a maioria na pós-graduação

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A direita as amigas Bárbara e Bruna, calouras de Direito no Mackenzie. Foto: Yuri Salvador

Em matéria publicada pelo portal da CAPES, no dia 8 de março, sobre o Sistema Nacional de Pós-Graduação mostrou que as mulheres são maioria nessa modalidade da educação brasileira. Os números mais recentes, de 2016, indicam 165.564 mulheres matriculadas e tituladas em cursos de mestrado e doutorado, enquanto os homens somam 138.462, uma diferença de aproximadamente 19%.
Apenas na modalidade de mestrado acadêmico, as mulheres somaram aproximadamente 12 mil matrículas a mais que os homens e cerca de 6 mil títulos a mais foram concedidos a mulheres naquele ano. A modalidade de doutorado também traz realidade semelhante, com um total de 57.380 mulheres matriculadas e 11.190 tituladas, ao passo que os homens somaram 50.260 matrículas e 9.415 títulos em 2016.
Ainda que o crescimento da participação feminina seja uma realidade, existe uma série de desafios para uma plena igualdade de gêneros, inclusive na ciência e na pós-graduação. Áreas do conhecimento tradicionalmente masculinas, como Engenharias, Computação e Ciências Exatas e da Terra continuam com a presença maciça de homens, ainda que a perspectiva apresentada com os números dos últimos 15 anos seja de maior igualdade nessa relação.
Hoje as mulheres representam 20% das bolsas de pesquisa científica em exatas no Brasil
Mesmo ainda sendo minoria em exatas, o Portal de notícias G1, fez uma reportagem no dia 11 de março analisou a pesquisa, publicada em artigo na revista científica “PeerJ”, no qual observa-se a distribuição de mais de 13,6 mil bolsas entre 2013 e 2014 por sexo e área de conhecimento, além da divisão por gênero dos membros da Academia Brasileira de Ciências (ABC), e os projetos científicos que conseguiram alto financiamento no programa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), juntamente com o CNPq.
Do total de 4.859 bolsas no período para áreas de conhecimento dentro das ciências exatas, apenas 976 (20,08%) foram para pesquisadoras. Em alguns casos, as mulheres representam, proporcionalmente, menos de 5% do total de pesquisadores, como é o caso dos bolsistas em engenharia elétrica; são apenas 13 mulheres agraciadas com as bolsas no período, contra 269 pedidos aceitos feitos por homens.
Barreiras para serem quebradas
Além disso, apesar de hoje as brasileiras serem maioria da população, viverem mais, acumularem mais anos de estudo e terem aumentado ano a ano a responsabilidade por manter os domicílios do país, ainda ganham menos que os homens brasileiros e são vítimas de violência doméstica. Se for considerado o último relatório da Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa a 7ª posição entre as nações mais violentas para as mulheres, de um total de 83 países.
O relatório Global da Defasagem de Gênero 2016, do Fórum Econômico Mundial, também sugere que a igualdade econômica entre sexos, no ritmo atual, pode demorar 170 anos e alerta para uma drástica freada nos avanços nos últimos anos também em razão dos desequilíbrios crônicos nos salários e na participação no mercado de trabalho.
Fonte:  CCS/CAPES
Com informações do G1 (veja matéria aqui)