Após bater números recordes em 2017, 2018 e 2019, as transações de fusões e aquisições de empresas foram afetadas pela chegada da pandemia de covid-19 em 2020. A esse cenário desafiador se somaram a elevação da inflação e das taxas de juros no mundo, nos anos seguintes, e os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Neste artigo, relembramos alguns desses impactos e traçamos algumas perspectivas para M & A em 2023. 

Segundo estudos da TTR e grandes consultorias, o ano de 2019 foi o mais ativo da série histórica para fusões e aquisições no Brasil. O início da pandemia de covid-19 impactou diversos setores a partir de fevereiro de 2022 e, por consequência, também o número de transações realizadas. 

Em um momento inicial, investidores e sócios de empresas foram surpreendidos pelos efeitos da pandemia, o que levou à postergação de várias operações de M & A. Com o passar dos meses, e a perspectiva de desenvolvimento das primeiras vacinas, houve a retomada dessas negociações e o surgimento de novas oportunidades. 

A crise impactou os setores de forma diferente. Alimentação fora de casa (restaurantes), aviação, hotelaria e automotivo, por exemplo, foram os mais prejudicados pelas medidas de isolamento social. Ao perceberem que a crise sanitária não seria superada tão cedo, muitas empresas buscaram novos sócios, como uma forma de obter “capital ponte” para sobreviver – o que levou a um aumento no número de transações de M & A no terceiro trimestre de 2020. 

Já setores como e-commerce, tecnologia, saúde e incorporação imobiliária residencial foram beneficiados pelo aumento na demanda de serviços. Esse movimento, somado à taxa Selic em patamares mínimos históricos, incentivou vários sócios de empresas a captarem recursos junto a fundos de private equity ou vender o negócio aproveitando o momento de valuation elevado. 

Oportunidades de consolidação no mercado, o início da vacinação e a recuperação econômica pós-pandemia contribuíram para que 2021 fosse um dos anos mais agitados para M & A no Brasil. O ano foi marcado por grandes deals e valores recordes de transação. 

A deflagração do conflito armado entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro de 2022, trouxe novos impactos para as já fragilizadas cadeias globais de suprimento, e a aceleração da escalada inflacionária, com a consequente resposta mais dura dos bancos centrais em todo o mundo para a elevação das taxas de juros. Esses fatores contribuíram para um movimento de maior aversão ao risco por parte dos investidores globais. Como consequência, o número de transações de M & A sofreu queda de 12% no ano, segundo dados da TTR.

Beneficiado pela aceleração da transformação digital nos últimos anos, o setor de internet, software e serviços de TI foi o mais ativo para fusões e aquisições em 2022 – ainda assim este apresentou um total de 457 transações, uma redução de 23% comparado ao mesmo período de 2021. 

O ano de 2023 ainda mostra-se desafiador para as operações de M & A. No exterior, a continuidade da guerra na Ucrânia, a desaceleração da China e a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos contribuem para que os investidores internacionais estejam mais criteriosos e avessos ao risco. No campo doméstico, excesso de ruídos políticos no início do novo governo, o caso de possível fraude contábil nas Lojas Americanas e sinais incipientes de uma crise de crédito no país também trazem desafios. 


Contudo, a atual conjuntura também oferece diversas oportunidades para o Brasil, especialmente para investimentos de médio e longo prazo em setores como infraestrutura, energia, saúde, educação e agronegócio. Essas oportunidades, aliadas à recuperação econômica, devem favorecer as transações de fusões e aquisições neste ano. 

Para realizar bons negócios em um cenário complexo como este, é fundamental contar com parceiros experientes. A CAPITAL INVEST possui mais de duas décadas de experiência e R$ 20 bilhões em operações realizadas, assessorando sócios de empresas e investidores no Brasil a fazer aquisições e vendas de empresas de forma estratégica, com redução de riscos e maximização de ganhos. 

Nota: Esse é um guestpost parceiro, a ANPG não tem vínculo com o conteúdo

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