A Ciência brasileira pede socorro

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Neste sábado, 2 de setembro, aconteceu em quatro capitais brasileiras, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre a segunda Marcha pela Ciência.
Os protestos foram organizados pelo movimento Conhecimento sem Cortes, em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a ANPG e outros grupos ligados às áreas científica e acadêmica.
As bandeiras levantadas durante as atividades no Estado eram contra o Corte sistemático de verbas para ciência e tecnologia e a campanha Diretas já. “Precisamos aumentar a mobilização, falar com a sociedade e aumentar a adesão em Defesa da ciência, tecnologia e educação. Sem ciência não há futuro”, disse Karol Rocha, diretora da ANPG.
Em São Paulo cerca de 200 pessoas estiveram na Paulista com cartazes e faixas conscientizando as pessoas da importância da Ciência. O secretário geral da ANPG, Vinicius Soares, afirmou a importância desse ato público: “Precisamos da sociedade do nosso lado”.
Já no Rio de Janeiro a participação foi maior, cerca de 1000 pessoas, a presidenta da ANPG, Tamara Naiz estava presente ao lado do presidente da SBPC, Ildeu Castro Moreira. “Centenas estiveram na frente do Museu do Amanhã para dizer não aos cortes e para pedir garantias dos pagamentos das bolsas. Essas bolsas são muito mais que um direito e sim uma necessidade para o crescimento do Brasil”, contou Naiz.
Em Brasília o ato também contou a presença de 150 pessoas, muitos pós-graduandos e professores da Universidade de Brasília. “Esta é a hora de lutarmos para garantir que não desmantelem a ciência no Brasil. Precisamos ter direito a esse futuro”, disse Lis Volpe, diretora da ANPG que estava em Brasília para o evento.
É importante lembrar que o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) vem encolhendo desde 2013, e neste ano foi cortado em 44%, com um limite de empenho de aproximadamente R$ 3,3 bilhões — metade do valor de dez anos atrás.