Haddad quer estender FIES para pós-graduação

carteira de estudante

Ministro propõe facilitar pagamento para professores e confirmou mudanças no Enem 2009

 

 

Nesta segunda-feira (1), o ministro da Educação, Fernando Haddad, propôs mudanças no programa de Financiamento Estudantil (Fies). Em entrevista ao programa Painel RBS, da TV Com, Porto Alegre, Haddad, defendeu a extensão do financiamento para cursos de mestrado e doutorado.

 O ministro também propôs o pagamento facilitado da dívida para estudantes, que optarem por carreiras do magistério. "Os professores poderiam pagar trabalhando em escolas públicas", afirmou.

 Os cursos a distância serão avaliados pelo Ministério, a exemplo dos cursos de Direito, que fecharam vagas. “A avaliação dos cursos de Direito resultou no fechamento de 25 mil vagas em cursos que não tinham qualidade adequada”, disse Haddad.

 "É importante a valorização e o crescimento continuo do financiamento para a pós-graduação, tendo em vista que só assim é possível que o Brasil cresça de forma sustentável. Necessitamos de mão-de-obra qualificada e pessoas que ajudem a pensar como fazer esse País atingir seu potencial na esfera mundial, e,  cada vez mais igualitário e com responsabilidade social", afirmou Hugo Valadares, presidente da Associação nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), sobre as propostas do ministro.

 
Mudanças no Enem

O ministro também confirmou as mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), anunciadas pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, ao G1.

Segundo Haddad, a idéia é que haja possibilidade de comparações de desempenho dos estudantes em relação à edição anterior da prova. “Esse instrumento permite diagnóstico do ensino médio, mas ainda não podemos avaliar os resultados de um ano para o outro”, explicou o ministro.

 Alunos que fazem vestibular serão os maiores beneficiados pela mudança. Hoje, quem fez o exame em 2006 e quer prestar vestibular em 2008 não pode usar a pontuação do Enem, com as mudanças, poderá passar a usar. A mesma restrição prejudica quem busca bolsa de estudos do Programa Universidade para Todos (ProUni). O presidente do Inep destacou que a comparação de dados já e possível no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Para o presidente da UBES, Ismael Cardoso “O Enem é uma prova que favorece os que possuem melhores condições financeiras, como podemos observar, o número de participantes nas regiões Norte e Nordeste é inferior aos do Sul e Sudeste. As mudanças propostas pelo ministro podem ajudar a reverter esta situação, pois motiva os estudantes a se inscreverem para a prova”.

Outra alteração significativa no Enem será, que a prova com 63 questões objetivas pode deixar de ser única para todo o País. O Enem avalia o desempenho dos alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio. Desde a sua criação, o exame nacional foi pensado também como modalidade alternativa ou complementar aos exames de acesso aos cursos profissionalizantes pós-Médio e ao Ensino Superior.

 Ismael também aprova essa proposta “Nós não temos uma grade curricular uniforme no nosso País, o que um estudante de Manaus aprende, não é o mesmo que um estudante de Porto Alegre aprende, o Enem deve considerar essas diferenças”.

 
Da redação

Com G1