Ângela Guimarães, mulher, negra e nordestina é a nova presidenta do Conselho Nacional de Juventude

carteira de estudante

Tomou posse na tarde dessa quarta (9) como nova presidenta do Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) para o biênio 2012/2013, Ângela Guimarães. Baiana de Salvador, socióloga e professora, militante do movimento estudantil, é ex militante da União da Juventude Socialista (UJS), da qual compôs a Direção Nacional e ex-membro da executiva nacional da União de Negros pela Igualdade (UNEGRO).

A nova mesa diretora, empossada durante a 28ª Reunião Ordinária do CONJUVE, terá duas mulheres. Além de Ângela, foi eleita pelo segmento da sociedade civil Rebeca Ribas como vice – presidenta. Rodrigo Amaral continua sendo o Secretário Executivo do Conselho.

 

Da esquerda para a direita: Assis Filho (Sec. Adj. de Juventude do Gov. do Maranhão e Conselheiro do CONJUVE), Ângela Guimarães (Presidenta do CONJUVE), Rebeca Ribas (Vice – Presidenta), Severine Macedo (Secretária Nacional de Juventude) e Rodrigo Amaral (Secretário Executivo do CONJUVE).

A Secretária Nacional de Juventude, Severine Macedo que deu posse à mesa diretora do CONJUVE elogiou a maturidade dos conselheiros que de forma consensual elegeram, sem disputa, a nova direção do CONJUVE.

A eleição de Ângela para o Conselho marca a ascensão que muitos jovens experimentaram desde a implantação da política nacional de juventude, em 2005, com a criação do CONJUVE e da Secretaria Nacional de Juventude. Em sete de julho de 2010, a  PEC 42/2008 foi aprovada no Senado Federal (dando origem à Emenda Constitucional n°65/2010), incluindo o termo Juventude na Constituição. E em 15 de fevereiro de 2012, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o Estatuto da Juventude.

O Estatuto da Juventude é uma declaração de direitos e deveres dos jovens, acrescida de estrutura jurídica mínima que permite discutir, formular, executar e avaliar políticas públicas de juventude, ou seja, um instrumento jurídico-político para promover os direitos da juventude.

Além das conquistas institucionais, a execução de programas especificamente voltados à juventude, como Projovem, ProUni, Reuni e Pronatec acabaram por, nas palavras da novapresidente “promover uma contaminação positiva” em torno de políticas públicas para esta parcela estratégica da sociedade.

“Recebo com otimismo esta tarefa. Estou certa de que é um grande momento para a afirmação da juventude no país. Vivemos o maior período de democracia ininterrupta e o Brasil vem crescendo alicerçado em três pilares: crescimento econômico, diminuição das desigualdades e consolidação dos direitos sociais. Essa combinação beneficia o cenário das políticas públicas para a juventude brasileira”, pontuou Ângela.

Em relação aos desafios dessa gestão, Ângela apontou três destaques: a ampliação da articulação com os Ministérios, como forma de capilarizar e fortalecer as ações do CONJUVE (que é um conselho consultivo); o enfrentamento à violência, uma pauta estabelecida e reafirmada nas Conferências Nacionais de Juventude (2008 e 2011) e a agenda nacional do trabalho decente, visando garantir remuneração justa e possibilidade de conciliação entre trabalho e estudo.

“A precarização do trabalho juvenil é uma de nossas preocupações. O desemprego entre os jovens é três vezes maior que a média nacional. Os 50 milhões de jovens deste país precisam contar com uma rede de apoio e representação, para isso trabalharemos firme na articulação do CONJUVE com os conselhos estaduais e municipais, promovendo e ampliando a participação social na construção de políticas públicas de, para e com a juventude”, finalizou.

 

O CONJUVE

O Conselho Nacional de Juventude foi criado em 2005 pela Lei 11.129, a mesma que instituiu a Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, e o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem). O Conselho tem, entre suas atribuições, a de formular e propor diretrizes voltadas para as políticas públicas de juventude, desenvolver estudos e pesquisas sobre a realidade socioeconômica dos jovens e promover o intercâmbio entre as organizações juvenis nacionais e internacionais. 
Os membros do Conselho são escolhidos para mandato de dois anos, mediante eleição direta, e os cargos de presidente e vice-presidente são alternados, a cada ano, entre governo e sociedade civil. 

Para a nova gestão do CONJUVE foram eleitos 40 conselheiros titulares e suplentes que representam movimentos, associações, organizações, redes, fóruns e entidades de apoio às políticas públicas de Juventude. A ANPG foi eleita para uma vaga, Como titular, assumirá a vaga Luana Bonone, presidenta da ANPG. Além da missão de dar continuidade aos trabalhos já desenvolvidos pelo Conselho, o colegiado terá vários outros desafios. Já entre as primeiras ações está a mobilização e participação na Conferência Rio+20, que acontece em junho, além de encaminhar e responder as demandas apontadas na 2ª Conferência Nacional de Juventude.

Saiba mais acessando o sítio do CONJUVE http://www.juventude.gov.br/conjuve/

Da Redação.