3° “tsunami” mobiliza 1,5 milhão em 205 cidades; próximos atos serão em 7/9

movimentos sociais, que também protestavam contra a Reforma da Previdência.

Era início de uma tarde fria de garoa quando os primeiros manifestantes começaram a se concentrar no vão livre do Masp, em São Paulo. O mau tempo não impediu que dezenas de milhares de pessoas fechassem os dois sentidos da Avenida Paulista e caminhassem até a Praça da República. No carro de som, o estudante de Economia da USP Iago Montalvão, recém-eleito presidente da UNE, homenageou Fernando Santa Cruz, desaparecido político vítima da ditadura. “Oferecemos a luta de hoje em homenagem ao herói Fernando Santa Cruz”, reverenciou.

Iago também fez duras críticas ao Programa Future-se, lançado pelo Ministério da Educação, que pretende abrir as portas para a gestão privada das universidades federais. “Estamos nos mobilizando porque não vamos aceitar a privatização da universidade pública. O Future-se não vai passar. Não há futuro com Bolsonaro”, declarou.

As entidades estudantis ANPG, UNE e UBES, em conjunto com entidades sindicais e movimentos sociais, decidiram convocar uma nova jornada nacional de atos no próximo dia 7 de setembro, marcando a data da Independência do Brasil com a defesa da educação, da ciência, da soberania nacional e dos direitos sociais.

Leia o Manifesto: 7 de Setembro, nas ruas pela educação, democracia e soberania nacional