CIÊNCIA NÃO PODE PAGAR PELA CRISE JUNTO A ANPG e UNE.

carteira de estudante

No último dia 22 de fevereiro, a FAPEMIG comunicou os cortes determinados pelo governo estadual no orçamento da agência de apoio à pesquisa científica reduzindo o repasse de cerca de 300 milhões para aproximadamente 60 milhões/ano, que manteria um fluxo de caixa de 6 milhões mensais. Os cortes impactam profundamente as Universidades e estudantes mineiros e mineiras. Todas as bolsas de Iniciação Científica e Iniciação Científica Junior foram suspensas ( cerca de 5 mil bolsas), além da suspensão de todo investimento em projetos de pesquisa e de bolsas inativas da pós-graduação.
Os constantes atrasos nos pagamentos das bolsas FAPEMIG já vinham impactando diretamente os estudantes e pesquisadores, resultando no atraso e interrupção de milhares de pesquisas em andamento no estado, além de afetar a própria sobrevivência dos pesquisadores que dependem dos recursos para o custeio de suas necessidades básicas.
A interrupção do financiamento de pesquisas representa uma perda inestimável para Minas Gerais e para o Brasil. O investimento em Ciência e Educação é a única solução viável para o enfrentamento duradouro e sustentável da crise fiscal que o assola o Estado. É o único caminho para libertar Minas da prejudicial dependência da exploração mineral.
É lastimável negligência do governo estadual recém-empossado com a Educação e a Ciência. Cortes de tal ordem podem resultar em anos de retrocessos no trabalho científico mineiro. Tais cortes afetam o desenvolvimento do estado, pois o tornará um retardatário na atual corrida técnico-cientifica no âmbito da Quarta revolução industrial.
Em quase cem dias de Governo Zema não há nenhum projeto e nem perspectiva para a Educação em Minas Gerais. Enquanto isso, o governador Romeu Zema (Novo) se apóia em ações e discursos velhos e marketeiros como venda do helicóptero oficial, dispensa da residência oficial e doação do seu primeiro salário, como se isso provasse o seu compromisso com necessidades do povo mineiro.
Todas essas ações de marketing são irrelevantes comparadas aos cortes na Ciência que colocará em risco não só o presente, mas também o futuro de Minas e o sonho de tornar nosso grande estado, desenvolvido, menos desigual e condutor do desenvolvimento brasileiro.
Mais uma vez, a União Estadual dos Estudantes apresenta à sociedade e ao poder público a proposta de criação do Fundo Social do Minério, com recursos 100% destinados à Educação e ao desenvolvimento científico e tecnológico. Dessa forma, a Educação tornar-se de fato o caminho de acesso a um outro futuro, tornando assim a atividade mineradora vinculada aos interesses da sociedade e não somente aos interesses de lucro máximo e criminoso das grandes mineradoras.
Nossa reivindicação imediata é o cumprimento da Constituição Mineira com o repasse de 1% da receita orçamentária para a FAPEMIG e o retorno imediato das bolsas e investimentos para o desenvolvimento de pesquisa nas universidades.
A CIÊNCIA NÃO PODE PAGAR PELA CRISE!
#ZemaDevolveMinhaBolsa

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