ANPG marca presença no ato da Dilma com os Artistas, Intelectuais, Cientistas e Juristas

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Fotos: Natasha Ramos/ANPG

A presidenta Dilma Roussef se reuniu ontem (20) com intelectuais, juristas, cientistas e artistas no Tuca, o teatro da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), na zona oeste de São Paulo. A presidenta da ANPG, Tamara Naiz, foi convidada pela organização para prestigiar o evento do palco, ao lado dos cerca de cinquenta convidados.

Ao centro, a presidenta da ANPG, Tamara Naiz, prestigia o Encontro da Dilma com os Artistas
Ao centro, a presidenta da ANPG, Tamara Naiz. Foto: Natasha Ramos

O ato teve início pouco antes das 20h e terminou por volta das 23h30, após Dilma Rousseff discursar para o auditório lotado. Do lado de fora, onde havia um telão pelo qual assistiam ao encontro os milhares de apoiadores à reeleição da candidata, a rua Monte Alegre teve de ser bloqueada para o trânsito. O evento também foi transmitido pela internet para mais de 50.000 internautas, que acompanhavam o evento de suas casas.

O Tuca estava repleto de estudantes e figuras ilustres como o filósofo e escritor Mário Sérgio Cortella, que falou em seguida da Carina Vitral, presidenta da UEE. O diretor teatral José Celso Martinez Corrêa, o escritor e jornalista Fernando Morais, o também escritor Raduam Nassar e a sambista e deputada estadual Leci Brandão (PCdoB) também estiveram presentes.

Mário Sérgio Cortella. Foto: Natasha Ramos
Mário Sérgio Cortella. Foto: Natasha Ramos/ANPG

O jornalista e candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL, Gilberto Maringoni, também expressou seu apoio à reeleição da candidata do PT: “Estamos entre a democracia e o abismo”, disse se referindo aos dois projetos de governo que se apresentam neste segundo turno. “Tenho várias críticas ao PT, mas, hoje, vamos falar do que nos une neste momento”, acrescentou.

Os cineastas Toni Venturi e Laís Bodanzky leram o Manifesto Pró-Dilma do Audiovisual Brasileiro, que reuniu mais de 1100 assinaturas de atores, atrizes, cineastas e pessoas do setor, entre eles Camila Pitanga, Leandra Leal, Telma Guedes, Chico Dias, Tatá Amaral e Jorge Furtado.

>>Leia o Manifesto aqui!

Toni Venturi e Laís Bodanzky. Foto: Natasha Ramos
Toni Venturi e Laís Bodanzky. Foto: Natasha Ramos/ANPG

O jurista Celso Antônio Bandeira de Mello comentou, em sua fala, a ascensão das classes mais baixas durante os últimos 12 anos: “O governo do PT tirou da miséria mais de 40 milhões de brasileiros”. O jurista Heleno Torres, o músico Antônio Nóbrega, e os rappers Thaíde e DJ Dexter também participaram do encontro, expressando seu apoio à Presidenta.

Thaíde e DJ Dexter. Foto: Natasha Ramos/ANPG
Thaíde e DJ Dexter. Foto: Natasha Ramos/ANPG

Luiz Carlos Bresser-Pereira, economista e cientista político, fundador do PSDB, e Roberto Amaral, ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação no governo Lula, e ex-presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), também apoiam Dilma Rousseff. Em sua fala, Amaral considerou “traição” a aliança de seu partido com a candidatura do Aécio. “O Brasil voltar ao governo do PSDB é um retrocesso muito grande”, disse.

A escritora, artista plástica, coreógrafa e folclorista brasileira Raquel Trindade, falou em nome dos negros quando expressou seu apoio à Dilma. “Quando fui convidada para dar aula da Unicamp, havia apenas um negro na sala. Por isso, eu digo que negro consciente vota em Dilma! Por mais inclusão social”, diz Raquel com seu jeito simples e direto.

Raquel Trindade. Foto: Natasha Ramos
Raquel Trindade. Foto: Natasha Ramos/ANPG

Lideranças petistas como o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, o prefeito Fernando Haddad, o senador Eduardo Suplicy, o ex-ministro da saúde, Alexandre Padilha, e a ministra da Cultura, Marta Suplicy também participaram do ato.

Prefeito Fernando Haddad. Foto: Natasha Ramos
Prefeito Fernando Haddad. Foto: Natasha Ramos/ANPG

Em seguida, falou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que informou que em frente à Embaixada do Brasil na Argentina, em Buenos Aires, no momento do ato, estava acontecendo uma manifestação com cerca de 2.000 argentinos que apoiam a reeleição da candidata do Partido dos Trabalhadores.

Lula. Foto: Natasha Ramos/ANPG
Lula. Foto: Natasha Ramos/ANPG

Lula também comentou sobre a experiência de se ter um segundo turno nas eleições presidenciais: “Eu sou a favor de se ter um segundo turno, pois este momento permite que pessoas diferentes se juntem em favor de um projeto, e que seja o melhor.”

Ao se posicionar diante do púlpito, a presidenta Dilma agradeceu a presença de todos, iniciando pelo mestre de cerimônias, o ator Sério Mamberti. Em seguida, lembrou da crise de energia que o Brasil enfrentou durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de 2001 a 2002, e a atual crise do fornecimento de água que o Estado de São Paulo enfrenta, no governo de Geraldo Alckmin. “Está na constituição, água é atribuição do Estado, enquanto energia é atribuição da União”, disse a presidenta. Ela ainda afirmou que ambas as crises poderiam ter sido evitadas se o governo do PSDB olhasse para o país de forma menos irresponsável.

Presidenta Dilma. Foto: Natasha Ramos/ANPG
Presidenta Dilma. Foto: Natasha Ramos/ANPG

“Foi um ato bastante cheio, caloroso e combativo, tanto que o teatro não comportou todas as pessoas que foram prestigiar o encontro. O local que foi escolhido também é muito significativo. O Tuca é símbolo da resistência contra a ditadura e representou, no ato de ontem, a força de quem está apoiando o partido dos trabalhadores nessa eleição, uma espécie de resistência a um projeto de governo que pretende entregar o país às forças neoliberais, como disse a Dilma em seu discurso”, disse Philipe Pessoa, diretor de cultura e eventos científicos da ANPG, que também esteve presente no encontro.

Da redação