Em nota, APG UFS repudia atrasos no pagamento das bolsas FAPITEC/SE

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Em nota divulgada hoje, 22 de março, a APG da Universidade Federal de Sergipe repudia atraso no pagamento das bolsas FAPITEC/SE. Confira a nota na íntegra.
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NOTA APG UFS SOBRE OS ATRASOS DAS BOLSAS FAPITEC/SE
Desde o início do ano de 2016 pós-graduandos e pós-graduandas bolsistas da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC/SE) têm relatado atraso no pagamento das bolsas de pesquisa financiadas por este órgão.
Este mês chegamos ao 22º dia sem pagamento ou previsão de quando o mesmo ocorrerá. Neste momento, pós-graduandos e pós-graduandas estão enfrentando, em virtude do atraso na disponibilidade das bolsas, uma reação em cadeia no tocante a multas e juros de mora nas contas cotidianas e demais tarifas de serviços públicos. Moradia, alimentação, participação em eventos e deslocamentos para o campo de pesquisa, entre outras situações, encontram-se dentre os prejuízos que temos recebido nos relatos.
Sergipe passa por uma crise de arrecadação noticiada todos os dias pelos meios de comunicação, contudo, segundo o SINTESE o governo do estado gasta por mês cerca de 11 milhões para pagamento dos 4256 de cargos comissionados. Para o financiamento de todas as bolsas segundo dados do diretor financeiro da FAPITEC/SE seriam necessários apenas 300 mil reais ao mês, deixando claro que não existe prioridade no desenvolvimento científico e tecnológico do estado de Sergipe por parte da gestão estadual, já que no Brasil 98% das pesquisas são feitas por doutorandos e mestrandos. Outro dado que corrobora com esta afirmação é o percentual investido em ciência e tecnologia no orçamento do estado que fica em torno de 1% do orçamento total.
A bolsistas não é permitida outra fonte de renda, já que pelas regras atuais eles são obrigados a ter dedicação exclusiva a pesquisa. Com situações como estas o estado presta um desserviço ao desenvolvimento científico e tecnológico da nação, bem como afasta Sergipe do cumprimento das metas de crescimento do número de mestres e doutores que constam no plano nacional de educação.  Por fim, repudiamos a situação humilhante que o estado vem proporcionando aos diversos bolsistas bem como cobramos explicações plausíveis para os atrasos e exigimos que as próximas bolsas sejam pagas na data convencional (dia 11 de cada mês).
APG-UFS