Nesta sexta-feira (17), o novo presidente do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Alessandro Melchior, tomou posse. A eleição ocorreu na quinta-feira (16), durante a 33ª reunião ordinária do colegiado. Concorreram ao cargo os conselheiros João Vidal da (União Geral dos Trabalhadores), Carolina Alencar (Confederação das Mulheres do Brasil) e Igor Bonan (Junta da Mocidade da Convenção Batista Brasileira). A então presidenta do Conselho, Ângela Guimarães, deixa a presidência do Conselho para assumir a vice. O ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, e a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, prestigiaram a cerimônia de posse.
Gilberto Carvalho disse à Conjuve que esse momento marca a consolidação do papel do Conselho nas políticas públicas de juventude, além de revelar sua maturidade. “Com a contribuição que temos no Conjuve, estamos chegando a um ponto de maturidade, de reconhecimento da causa, não só dentro do governo, mas também na sociedade civil”, declarou o ministro.
O novo presidente da Conjuve, representante da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), declarou ao conselho que a diversidade representada no Conselho traz o compromisso e o desafio para um trabalho que garanta efetivamente os direitos para a juventude. “Hoje a juventude é uma das principais vítimas da homofobia, e não só da homofobia, mas do preconceito em geral, jovens negros, pobres e também jovens do campo, sofrem preconceitos”, disse Melchior.
Após a posse, o Conselho realizou um ato contra a redução da maioridade penal, com o objetivo de discutir a pauta, levantando seus pontos negativos e alternativas para a questão. “Não podemos ficar em uma posição defensiva, devemos apresentar propostas e alternativas concretas para gerar novas possibilidades e perspectivas para os jovens, evitando que sigam o caminho da contravenção”, disse o ministro Gilberto Carvalho, que já declarou publicamente a posição do governo federal, que é contrário à redução.
Para Alessandro Melchior, a redução da maioridade penal demonstra uma desigualdade entre as classes sociais, “O ataque à redução da maioridade penal vem como uma denuncia de classes, já que há alguns anos, quatro jovens queimaram um índio, e o assunto de redução não veio à tona. A redução só beneficia um grupo isolado, que é a juventude branca e rica, sendo que a juventude pobre e negra será presa.” Acesse o portal da Conjuve para saber mais.