Campanha da ANPG pelo reajuste das bolsas ganha apoio no Congresso Nacional

carteira de estudante

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), consequente com a diretriz de valorização da ciência e tecnologia como área estratégica para o desenvolvimento nacional, tem procurado sensibilizar o poder público para a necessidade de reajuste das bolsas de estudo ofertadas para mestrado e doutorado. Os valores, de R$ 1500 para mestrado e R$ 2200 para doutorado, são incompatíveis com a exigência de dedicação exclusiva do bolsista, pois além de insuficientes diante do custo de vida, estão defasados por seis anos sem reajustes.

Neste sentido, na última semana, a ANPG manteve reuniões institucionais com o presidente da CAPES, sr. Anderson Correia, o presidente do CNPq, João Luiz Filgueiras de Azevedo, e o secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Antônio Tozi. Nessas oportunidades, a presidenta Flávia Calé apresentou a campanha nacional pelo reajuste de bolsas, aprovada no 8º Encontro Nacional de Pós-Graduandos, como uma necessidade urgente para a produção científica nacional, uma vez que 90% da pesquisa brasileira é realizada na pós-graduação.

O Congresso Nacional também tem sido procurado para viabilizar apoio político às pautas da entidade. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que acompanhou a audiência com o MEC e a CAPES, levou o pleito dos estudantes para a tribuna do Senado. “Como esse país pode ir para frente, se não valoriza a educação e os pesquisadores?”, questionou o parlamentar. “A gente precisa priorizar com ações e não com discurso. Educação e Ciência e Tecnologia não se faz com discurso, se faz com recurso”, apontou.

Izalci Lucas também se somou à defesa de que parte dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal seja destinado à Ciência e Tecnologia, bandeira defendida pela ANPG. “Precisamos destinar parte (dos recursos) para Ciência, Tecnologia e Inovação, até porque o pré-sal existe em função das pesquisas, em função da inovação”, disse, defendendo a aprovação de projeto de lei que trata do tema e já tramita no Senado.

Segundo Flávia Calé, a ideia é que a ANPG intensifique a luta para que as campanhas ganhem apoios cada vez mais amplos. “As campanhas pelo reajuste de bolsas e pela destinação de recursos do pré-sal são estratégicas para a valorização da pesquisa científica e da Ciência e Tecnologia, por isso, vamos continuar buscando apoio, mobilizando a comunidade acadêmica, dialogando e pressionando os órgãos governamentais e o parlamento. Nessas questões, a vitória dos pós-granduandos será uma conquista para o país”, disse.