A Educação pede paz

 

Há 55 anos, a violência politica da ditadura militar vitimava o estudante Edson Luiz, assassinado pelos tiranos por organizar a luta dos estudantes por melhores condições em sua escola. Foi um de muitos estudantes que pagaram com a vida e viraram mártires da defesa de nossa democracia.

Hoje, o país acompanhou estarrecido o ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, que resultou na morte da professora Elisabeth Tenreiro e em outros feridos. O promotor do atentado foi um aluno de apenas 13 anos, também ele produto de uma sociedade cada vez mais adoecida, individualista, preconceituosa, excludente e sem sentido.

Até quando nos calaremos diante de tanta violência e discurso de ódio? Até quando assistiremos o abandono e a insegurança como marcas da Educação pública no Brasil? Não é aceitável esse estado de coisas!

É preciso ressignificar o ensino público, valorizar os professores, assimilar que a saúde mental é um dos mais graves problemas que afligem crianças e jovens nos tempos atuais e dar o devido cuidado a essa questão desde cedo.

Ao mesmo tempo, a escola deve se preparar para debater os desafios da sociedade digital com os estudantes. Promover a educação midiática para que adolescentes e jovens não sejam presas fáceis da desinformação e do diacurao de ódio que contaminam as redes sociais, impulsionadas por algoritmos que alavancam o extremismo.

Ontem, hoje e sempre devemos festejar a vida e jamais naturalizar a morte. Chega de violência! A Educação pede paz!