Mercadante quer ajuda de hackers após ataques

carteira de estudante

<p>Ap&oacute;s ataques cibern&eacute;ticos a portais do governo federal, o ministro de Ci&ecirc;ncia e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse ontem que pretende chamar hackers para elaborar ferramentas que deem mais transpar&ecirc;ncia &agrave; gest&atilde;o de sua pasta.<br />
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O ministro disse querer tornar p&uacute;blicas informa&ccedil;&otilde;es como &quot;gastos, decis&otilde;es e fluxos&quot; e que, para tanto, pretende chamar &quot;jovens talentosos e criativos&quot; para contribuir com o minist&eacute;rio. &quot;Quero chamar os hackers para ajudar a construir os indicadores e a forma de transpar&ecirc;ncia, pra abrir as informa&ccedil;&otilde;es. Quero fazer do minist&eacute;rio uma refer&ecirc;ncia do ponto de vista de acesso e de transpar&ecirc;ncia nas informa&ccedil;&otilde;es&quot;, afirmou ap&oacute;s encontro com empres&aacute;rios em S&atilde;o Paulo.<br />
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O ministro disse tamb&eacute;m que vai pedir a colabora&ccedil;&atilde;o dos hackers para o desenvolvimento de novos sites que sua pasta deve lan&ccedil;ar em breve. &quot;Estamos modernizando nossos portais e eu queria apresentar para eles opinarem, discutirem, criticarem. Eles s&atilde;o jovens talentosos que mudam a tecnologia o tempo inteiro e com os quais n&oacute;s temos que dialogar.&quot;<br />
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Mercadante afirmou ainda que pretende promover na Ci&ecirc;ncia e Tecnologia um Hacker&quot;&quot;s Day, evento em que cyberativistas poder&atilde;o desenvolver aplicativos e outras ferramentas que contribuam para uma maior transpar&ecirc;ncia da pasta – h&aacute; grupos organizados da sociedade civil que promovem Hacker&quot;s Days, mas o tema quase n&atilde;o existe nas esferas governamentais.<br />
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O ministro procurou diferenciar os hackers dos &quot;crackers&quot;, pessoas que corrompem sistemas de seguran&ccedil;a na internet de forma ilegal. Ele atribuiu a esses &uacute;ltimos os recentes ataques aos sistemas do governo.<br />
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&quot;Os crackers fazem esse tipo de ataque pra ter uma mensagem pol&iacute;tica ou pelo prazer do desafio. De qualquer forma eles fazem parte da sociedade e est&atilde;o presentes. N&oacute;s temos que saber nos proteger&quot;, disse o ministro.<br />
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<strong>Dano -</strong> Mercadante classificou com &quot;muito pequeno&quot; o dano provocado pelas invas&otilde;es cibern&eacute;ticas e afirmou que at&eacute; agora nenhuma informa&ccedil;&atilde;o governamental relevante veio a p&uacute;blico. &quot;Mas &eacute; uma experi&ecirc;ncia importante pra mostrar que temos que investir e nos preparar para ter uma estrutura de defesa mais articulada, mais eficiente.&quot;<br />
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&nbsp;O ministro disse ainda que as For&ccedil;as Armadas e a Pol&iacute;cia Federal est&atilde;o mobilizadas, junto com t&eacute;cnicos de outras &aacute;reas do governo, para ajudar a construir uma defesa virtual eficiente. Mercadante defendeu o estudo de uma legisla&ccedil;&atilde;o para crimes cometidos na rede, mas afirmou que ela n&atilde;o pode restringir a liberdade na web.<br />
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&nbsp;&quot;Voc&ecirc; n&atilde;o pode agredir a ess&ecirc;ncia da internet, que &eacute; a liberdade. A internet &eacute; o que &eacute; porque ela &eacute; livre. E a pretexto da seguran&ccedil;a n&atilde;o podemos acabar com a liberdade. Primeiro porque &eacute; ineficiente tentar restringir. Segundo porque &eacute; equivocado&quot;, disse o ministro.<br />
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(O Estado de S. Paulo)</p>