Inovação: a palavra do presente, artigo de Eloi Garcia

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Eloi S. Garcia é pesquisador e ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz. 

 
Não são surpresas nem novidades que quase todos os países da América Latina não fazem parte dos primeiros da lista em inovação, ou seja, a habilidade de inventar novos produtos ou processos, pois estamos ficando para trás na qualidade da educação, ciência, tecnologia e desenvolvimento tecnológico.
 
Em uma economia baseada principalmente em processos e produtos inovativos, onde as empresas utilizam a cultura do conhecimento para desenvolver novas tecnologias, a inovação é um fator de importância para o mercado brasileiro.
 
Infelizmente, o nosso país não se encontra em boa posição quando se faz o "ranking" global de inovação, onde entre os países com maior liderança se encontram a Suíça, Suécia, Singapura, Inglaterra, Holanda, Estados Unidos, Coréia do Sul e alguns outros países. Para se ter uma idéia, enquanto a Coréia do Sul registrou mais de 13 mil patentes nos Estado Unidos em 2011, o Brasil registrou um pouco mais de 200 e a Argentina cerca de 50 patentes.
 
Esta classificação é baseada no número de novas patentes realizadas por país mas também nos investimentos na ciência, tecnologia e desenvolvimento. Estes países estão avançando de maneira rápida, principalmente os países Asiáticos.
 
Na América Latina o país que possui destaque na área de inovação é o Chile seguido de longe pelo Brasil, Costa Rica, Colômbia, Uruguai, Argentina e outros países. Nesta classificação anual do "ranking" global de inovação, o Brasil caiu nove lugares se comparado com a classificação do ano passado.
 
Em um quadro global que se classifica os países entre os mais importantes para a inovação, o que estão aprendendo a inovar, ou aqueles que inovam pouco, o Brasil ainda se enquadra no último grupo, enquanto China, Índia e alguns outros poucos países estão "aprendendo" a fazer inovação.
 
Apesar do Brasil se destacar entre as 12 maiores economias do mundo, o baixo teor de inovação normalmente se deve ao ambiente político, regulatório e empresarial, bem como a qualidade da educação, principalmente em ciência e tecnologia. Estamos começando a reconhecer a importância da inovação para enfrentar o mundo comercial.
 
O Brasil, apesar da crise econômica mundial, vem reconhecendo e aumentando os recursos e isto é fundamental para o desenvolvimento tecnológico moderno. Nos próximos anos teremos maior destaque nos processos inovativos nas indústrias de todas as áreas.
 
Fonte: Jornal da Ciência