Uma triste realidade brasileira: 25% dos mestres e doutores estão desempregados, informa matéria do jornal Correio Brasiliense do último dia 10.
Sem um projeto de desenvolvimento que realize suas potencialidades econômicas e relegando a ciência e tecnologia a segundo plano, o Brasil gera um ciclo vicioso que subutiliza a mão de obra qualificada e perde cérebros e talentos para outros países.
O prolongado processo de desindustrialização do país agrava a situação, uma vez que os profissionais altamente qualificados não são absorvidos pela produção. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) referente a 2018 dá a exata dimensão do problema: a indústria de transformação atingiu seu menor índice de participação no PIB nacional desde 1947, apenas 11,3%.
Diante disso, a academia acaba como opção quase única para mestres e doutores, mas as dificuldades orçamentárias, agravadas pela PEC do Teto de Gastos, restringem também esta opção à grande parte dos profissionais.
A ANPG tem alertado que essa realidade é um desestímulo à carreira científica para os jovens. Só através de um projeto nacional de desenvolvimento que priorize a ciência, tecnologia e inovação será possível mudar esse quadro.
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