“Só é possível discutir profissionalização do cientista numa sociedade com direitos plenos para os pós-graduandos”, diz diretor da ANPG

carteira de estudante

Na tarde desta quarta-feira (18), o diretor da ANPG, Gabriel Nascimento, participou do Encontro de Pós-Graduação da Unesp – Campus Botucatu. O encontro, cujo tema foi “A profissionalização da carreira do cientista”, foi organizado pelos alunos e professores dos programas de pós-graduação na área de saúde.

No encontro, Gabriel discorreu sobre a polêmica que foi o projeto da neurocientista Suzana Herculano para profissionalização do cientista, em 2013. Na ocasião, a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), assim como a SBPC e ABC, se manifestou contra a proposta, pelo conjunto de equívocos que eram imanentes do projeto.

Leia o artigo: “Profissionalização dos cientistas: a ANPG está dando o primeiro passo” para saber porque a ANPG se posicionou contra

Gabriel falou também sobre os direitos dos pós-graduandos e comentou que o Brasil ainda não está preparado para este debate porque o país ainda não se chegou ao patamar de conceder direitos plenos aos pesquisadores; etapa por que passa, necessariamente, o processo até se tornar em uma carreira, profissão.

“No Brasil, há ainda a visão tecnocrática, que confunde ciência com técnica. E nós sabemos que Ciência não é técnica”, disse o diretor da ANPG.
Por fim, ele apresentou o Documento de Direitos e Deveres das pós-graduandas e dos pós-graduandos, comentou sobre o documento e se disponibilizou a falar sobre ele quando fosse necessário.

“Se vamos falar de profissionalização, temos que falar dos direitos daqueles que mais produzem pesquisa no Brasil, que são os pós-graduandos”, finaliza.

Da redação
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