PUC-RS apura denúncia de assédio sexual contra professor de jornalismo

carteira de estudante

Nesta semana, Guilherme Beiró, aluno da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), afirmou que sofreu assédio sexual e moral ao longo de seis anos de curso. A violência teria partido de um professor e a denúncia não foi feita antes pois o estudante de jornalismo tinha medo de represálias. A situação fez com que a instituição divulgasse nota de posicionamento.

O relato de Beiró publicado no Facebook explica que o abuso foi cometido por professor conhecido da universidade e que a pressão psicológica era imensa. “O desgaste emocional é absurdo. É o tipo de situação que quem nunca passou jamais saberia como é. Mas eu passei, eu senti e eu fui, por todas as relações de poder envolvidas entre aluno/professor e profissional/mercado de trabalho, extremamente humilhado e abusado”, escreveu. Beiró afirma, ainda, que tem provas do abuso, como mensagens explícitas.

No texto, ele comenta que, agora que está se formando, quer garantir que o professor não será capaz de repetir com outros alunos o tipo de atitude. Embora não cite o nome do professor, o estudante ressaltou que quem passou pelo curso de jornalismo da universidade sabe de quem ele está falando. “Não fui o primeiro, mas espero ter sido o último. Meu objetivo é, com isso, buscar orientar outros alunos que sofreram abuso, seja sexual, moral ou de ambos os tipos, a como dizerem basta”.

Em matéria do Zero Hora, a PUC-RS posiciona-se sobre o tema. Segundo as informações, por enquanto, a situação do professor está inalterada e que ele permanece na grade curricular para o próximo semestre. “A PUC-RS informa que um aluno apresentou denúncia ao coordenador do curso de Jornalismo e ao diretor da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) sobre comportamento indevido de um docente do curso. O estudante e o professor foram ouvidos pelo coordenador e pela direção da Faculdade. A denúncia foi encaminhada à Procuradoria Jurídica da Universidade, que avaliará a instauração ou não de sindicância, em caráter de sigilo, visando a preservar o direito à privacidade das pessoas referidas na denúncia”, explicou a instituição.

Fonte: Portal Comunique-se