Financiamentos são assinados em evento realizado pela Fieg em parceria com a Comissão Pró-Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia, da Câmara Municipal, e com a UFG
Tamara Naiz, vice-presidente regional centro-oeste da ANPG,Luis Fernandes, presidente da FINEP e Gledson Rocha,presidente do DCE do IF goiano.
O aporte financeiro às empresas será oferecido pelo edital do Programa de Subvenção à Pesquisa em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte no Norte, Nordeste e Centro-Oeste (PAPPE Integração). Ao todo, serão destinados R$ 11 milhões para Goiás, sendo que cada empresa pode captar até R$ 400 mil, na forma de subvenção. Dessa forma, fica dispensado o reembolso do financiamento. O governo estadual ainda oferecerá uma contrapartida de R$ 5,5 milhões, que amplia os investimentos para o total de R$ 16,5 milhões.
A estruturação do projeto Laboratórios Multiusuários do Centro Tecnológico do Estado de Goiás receberá outros R$ 7,5 milhões. Os recursos serão destinados à criação das estruturas de pesquisa. No laboratório serão realizadas análises, modelagem e simulação de alto desempenho em atividades de agronegócio. O projeto será desenvolvido em parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg), a UFG e a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sectec). O governo estadual também oferecerá contrapartida de R$ 4,5 milhões. Já um projeto para desenvolvimento de tecnologias para o biodiesel a partir de microalgas será contemplado com R$ 4,7 milhões. O projeto foi proposto pela Fapeg e pela UFG.
Dependência
A assinatura dos convênios precedeu uma palestra proferida pelo presidente da Finep, Luis Fernandes. Na ocasião, o professor afirmou que sem desenvolvimento tecnológico o Brasil se coloca no papel de colônia em relação ao mercado mundial. “Somente exportar produtos primários nos torna dependentes e subalternos. Temos de agregar valor”, disse.
Para o presidente da Finep, o empresariado ainda precisa se conscientizar mais acerca da necessidade de se investir em inovação tecnológica para ter produtos competitivos. “O poder público tem de criar instrumentos para induzir este processo. Eventos como este são fundamentais e este é um desafio nacional”, ressaltou.
Fernandes ainda destacou que estado tem cumprido seu papel de financiar ações dirigidas, e citou casos de sucesso, como das pesquisas do pré-sal, do etanol e do biodiesel. “Temos que criar canais de cooperação e colocar os pesquisadores científicos para dialogar com as atividades empresariais”.
Desenvolvimento
O vereador Fábio Tokarski (PCdoB), presidente da Comissão Pró-Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia, afirmou a necessidade de se criar um projeto estratégico de desenvolvimento para Goiás que pense o estado para os próximos 15 anos, elaborado com a participação dos diferentes setores da sociedade. “Temos de ter capacidade de potencializar convergências, para que as cadeias produtivas se realizem na sua plenitude”, disse.
O presidente da Fieg, Paulo Afonso Ferreira, cobrou mais integração entre as universidades e as empresas, para transformar conhecimento
Também participaram do evento o presidente da Fapeg, Leonardo Guedes, o presidente da Comunidade Tecnológica de Goiás (Comtec), Relly Rangel, o presidente do Sindicato das Empresas de Informática e Similares do Estado de Goiás (Sindinformatica), Ricardo Vaz, o presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), Alberto Borges, a diretora da ANPG, Tâmara Naiz, os vereadores Tatiana Lemos, Daniel Vilela, Agenor Mariano e Anselmo Pereira.
Fonte: Alfredo Mergulhão, Assessoria de Imprensa do vereador Fábio Tokarski.