Implantado em 2007 através do Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007 , o Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI , foi o tema da mesa redonda da tarde desta segunda-feira,no Anfiteatro F, da Escola de C&T da Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN).
A mesa foi proposta pela ANPG e pela UNE e faz parte das atividades da 62ª Reunião Anual da SBPC e reuniu professores, estudantes e gestores de Educação em torno de exposições e discussões acerca do tema.
Gustavo Balduíno, Secretário – Executivo da ANDIFES, abriu a mesa com uma exposição sobre os detalhes do programa e sua evolução nesses três anos.
Prof Murilo Silva, Elisangela Lizardo, Prof. Edna, Augusto Chagas e Gustavo Balduíno. Foto: Vanessa Stropp |
Representando o Ministério da Educação, o Prof. Murilo Silva de Camargo, Coordenador Geral de Expansão usou a Universidade Federal do ABC como exemplo da expansão ocorrida nas universidades federais desde a adesão ao REUNI. "A UFABC é um ótimo exemplo quando se fala de expansão através do REUNI não só pelo recorte das áreas do conhecimento dos cursos ali criados, mas também pela cultura acadêmica que foi implementada", destacou.
"Educação é direito, não é serviço!”
Embora garantida como direito na Constituição Federal de 1988, a Educação brasileira ainda está longe de ser o ideal desejado pelos estudantes.Elisangela Lizardo e Augusto Chagas deixaram claro em suas intervenções o reconhecimento pelos avanços na expansão da rede federal de ensino superior. Entretanto, Augusto colocou que a exclusão ainda é marca do ensino superior público no país. Por isso a necessidade de se colocar em prática políticas afirmativas, como as cotas nas Universidades. Para o presidente da UNE, novos desafios estão postos. Entre eles a disputa de opinião no interior da universidade, “muitos ainda acham que a Universidade Pública é para poucos. Essa opinião conservadora é forte e estamos prontos a combatê-la. A busca por uma universidade cada vez mais popular deve ser mantida”, disse.
Elisangela destacou uma bandeira histórica da ANPG, a ampliação não apenas do número de vagas nas universidades, mas também a ampliação da absorção dos mestres e doutores, tanto pelo setor do conhecimento, como pelo setor produtivo. “Reconhecemos os vários avanços recentes na área de C&T, contudo, esses avanços vieram suprir uma lacuna resultante de anos de estagnação. Ainda há muito que avançar”.
Foto: Vanessa Stropp |
Relembrando que na última Conferência Nacional de Educação(Conae), uma das grandes preocupações levantadas foi a necessidade de articulação dos sistemas municipais, estaduais e federal de educação, ela encerrou sua fala dizendo que “ a universidade pública deve ser para todos que nela queiram estar. Defendo isso não só pela minha origem, mas pela minha maneira de observar a realidade".
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De Natal, Eleonora Rigotti.