Na manhã da terça-feira (26), a presidenta Dilma Rousseff anunciou, durante 37ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social ter a intenção de conceder 75 mil bolsas de estudo para brasileiros no exterior até o fim de seu mandato, em 2014.
Confira abaixo a matéria publicada originalmente no Portal iG.
Dilma quer conceder 75 mil bolsas de intercâmbio
Em discurso, presidenta afirma ter a intenção de conceder benefício a estudantes até o fim de seu mandato
Priscilla Borges, iG Brasília | 26/04/2011 19:18
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (26) que o governo quer conceder 75 mil bolsas de estudos no exterior para estudantes brasileiros até 2014. Em seu discurso durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Dilma ainda pediu apoio de empresários para que até o final de seu governo, o Brasil envie 100 mil estudantes ao exterior para formação de mão de obra mais qualificada.
"Vamos recorrer a um mecanismo que vários países do mundo recorreram, que é enviar brasileiros e brasileiras para fazer, de forma parcial, ou de forma completa, cursos no exterior, nas áreas de ciências, sobretudo de ciências exatas", disse a presidenta para uma plateia formada em sua maior parte por empresários.
"Queria fazer um convite e um desafio aos senhores: eu acredito que o setor privado pode comparecer com uma ajuda aos estudantes brasileiros e ao Brasil, de forma que nos permita chegar a 100 mil bolsas em 2014".
A presidenta Dilma discursa na 37ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto. Foto: Agência Brasil |
Dilma apontou a deficiência em mão de obra qualificada como um desafio que seu governo precisa enfrentar para que o crescimento da economia continue. Sem dar detalhes, a presidenta afirmou que, nos próximos dias, o governo vai lançar um programa destinado a formação profissionalizante, o Pronatec.
A deficiência de mão de obra, no entanto, foi colocada pela presidenta como um "bom problema". Segundo Dilma, ela só existe porque os investimentos em grandes obras voltaram a ocorrer no Brasil no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Hoje nós sabemos que há pressão de mão de obra, conflito nas grandes obras. Isso ocorre porque esses investimentos voltaram a existir. Não ficaremos passivos olhando os problemas. Vamos enfrentá-los", disse a presidenta.
Hoje, seis mil alunos são atendidos
O ministro Fernando Haddad (Educação) disse no começo da noite, durante um seminário em Brasília, que espera apenas o aval da presidenta para ampliar o programa – hoje apenas cerca de seis mil estudantes participam de projetos semelhantes.
Segundo Haddad, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) apresentou há poucos meses um relatório à presidenta com as estimativas de custo por aluno do exterior.
Com base nesse relatório, ela definiu o número estimado para o programa. Ainda segundo o ministro, a ideia é priorizar alunos de programas de doutorado ou “graduação sanduíche”.
“Percebemos que essa modalidade (graduação sanduíche) tem um forte impacto no sistema educacional porque não beneficia só o indivíduo que participa do programa.”
Ele não deu detalhes sobre números definidos para as áreas de ensino, mas adiantou que as ciências exatas, como engenharias e física, devem ser priorizadas.
*Com informações da Agência Brasil