Eleições da SBPC: pós-graduando, participe! Entrevista com Helena Nader

carteira de estudante

Ocorrem até o dia 01 de junho as eleições para a nova Diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) para o biênio 2011-2013, além da renovação de parte do Conselho para o quadriênio 2011-2015 e dos novos membros das Secretarias Regionais e Seccionais para o biênio 2011-2013.

Todo o processo é feito através do sítio da SBPC e os sócios ativos já podem conferir no sítio da instituição os candidatos para Diretoria e Conselhos e Secretarias Regionais.

Para os que ainda não são sócios, a votação não é permitida, mas a ANPG convida a todos para que se associem, dada a relevância dessa entidade no cenário político e científico do país. Importante ressaltar que o Movimento de Pós-Graduandos nasceu dentro das Reuniões Anuais da SBPC e atualmente os pós-graduandos tem presença destacada nessa atividade, inclusive tendo a ANPG realizado o último Salão Nacional de Divulgação Científica como parte integrante da programação oficial da 62ª Reunião Anual, além do Encontro de Jovens Cientistas, reunindo desde secundaristas a pós-graduandos.

Nesse momento de intenso debate político a ANPG entrevistou os dois candidatos à presidência da entidade.

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Confira abaixo a entrevista com Helena Bonciani Nader.

Helena Nader é bacharel em Ciências Biológicas pela UNIFESP e  licenciada em Biologia pela USP. Possui doutorado em Biologia Molecular também pela UNIFESP e pós-doutorado na University of Southern California. Atualmente é professora titular da UNIFESP, bolsista de produtividade do CNPq (nível 1A), membro titular da Academia de Ciências de São Paulo e da Academia Brasileira de Ciências. Foto: SBPC

1) A fundação da SBPC foi um passo importante para que houvesse a institucionalização de um sistema de ciência e tecnologia no país. Nas décadas seguintes, esta sociedade científica se consolidou como espaço democrático onde as vozes dissonantes em relação ao Regime Militar encontraram um lugar para se reunir e debater. Assim, ao longo da história do Brasil, a SBPC sempre cumpriu importante papel de fomentar o debate tanto a respeito do desenvolvimento científico e tecnológico quanto democrático do país. Qual o principal papel que a SBPC cumpre hoje, na sua visão? E qual é o principal desafio?

Helena Nader – A SBPC continua sendo muito importante na história do país, hoje, como já foi no passado; mas hoje eu diria até que essa interlocução ficou mais forte, pela própria história construída pela entidade e pela sua credibilidade em decorrência disso. Deviso à sua hitória, não há quem não tenha ouvido falar na SBPC, não há quem não respeite a sua história. Ao longo desses 60 anos, a entidade criou esse padrão da ética e da moral.


Entre os grandes desafios que eu vejo hoje está a educação básica. O Brasil perdeu muitos anos escolhendo entre apostar na educação básica ou no ensino superior. O governo Fernando Henrique começou apostando na educação básica, e realmente houve um avanço, todas as crianças tiveram direito à escola. É claro, que caiu o padrão. Mas também, quando fazemos essa afirmação esquecemos que a escola pública já vinha sendo destruída. E o que o governo FH fez? Optou por esse investimento em detrimento das Universidades públicas federais, que ficaram destruídas e sem expansão. Então acho que hoje, o grande desafio da SBPC é cobrar do governo e mostrar que é importante fazer investimento em todas as etapas. Se o cobertor é pequeno, vamos buscar dinheiro.

O mundo não está parado e vejo isso também como um desafio. O mundo está andando e o Brasil precisa acompanhar esse ritmo. Da mesma forma, as universidades mais antigas, mais tradicionais, têm que estar "espertas", pois há outras aparecendo em lugares "onde nunca antes na historia desse país", como dizia o Lula. Nós fizemos um Plano Nacional de Educação para os próximos 10 anos e o mesmo foi feito para Ciência, Tecnologia e Inovação. O da educação está acontecendo, mas eu não vejo isso para C,T&I, talvez porque houve uma continuidade em um ministério e no outro não, então por enquanto estou observando. A SBPC tem que cobrar que aquilo que a sociedade acordou seja cumprido pelos diferentes Ministérios. Se a sociedade acordou um projeto de educação, o PNE, e a mesma coisa pra C,T&I, temos que acompanhar como isso vai ser cumprido. Cada Ministro pode ter o seu projeto, e deve, senão pode ficar refém apenas dessa pauta. Mas ele também não pode esquecer o que foi acordado com a sociedade.

Outro desafio é o diálogo com a Advocacia Geral da União e com a Procuradoria Geral da União, o chamado sistema "U". Eu acho que teremos um papel muito importante de esclarecimento. Por exemplo, se for aprovado o regime especial de licitações para as Olimpíadas, podemos ter também para Educação, C,T&I. Então, estou aguardando. Se isso for aprovado, eu vou levar para a SBPC para que nós também briguemos por esse direito. O efeito em Educação é pra sempre, a Coreia não nos deixa mentir. Mesmo a China, que é um país sem democracia, com um regime de exceção, um país violento… mesmo a China educou sua população!

O povo brasileiro é um povo muito inteligente. Um exemplo que me cortou o coração foi o garotinho da Olimpíada de Matemática, que morava na roça e o pai o levava num carrinho de pedreiro, pois não tinha dinheiro para a cadeira de rodas. Esse é o Brasil. E esse é o Brasil que nós queremos mudar, que  a SBPC deve batalhar para mudar.

2) Quais são os "assuntos do momento" da ciência no Brasil? E quais mereceriam mais atenção? A pauta da SBPC está fundamentalmente em torno dessas pautas ou há outros debates que a entidade prioriza?

Helena Nader Essa pergunta é complicada. A decisão do tema da Reunião Anual da SBPC antecede de pelo menos um ano a sua realização. Quando fizemos a 62ª edição, em Natal, com o tema Ciências do Mar: herança para o futuro, foi impressionante o número de editais que saiu depois sobre esse assunto. Inclusive chamada para o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Isso aconteceu. Quem pautou? Pode ter sido uma coincidência, nunca vamos saber, mas eu prefiro ter o olhar de que nós provocamos, ou pelo menos cooperamos para que isso acontecesse. Agora, na 63ª edição, em julho de 2011, nós vamos discutir o Cerrado, que já está em pauta com Belo Monte, com os direitos humanos dos quilombolas e indígenas, com os temas referentes a energia, e também com o Código Florestal. São todos temas atuais e relevantes.

Como também está na pauta fazer com que Inovação aconteça dentro dos espaços de direito. O pesquisador que está na universidade e acha que pode contribuir, ótimo, ele contribui. Mas não é a função-fim da universidade. Não podemos querer que todos façam isso. Isso me preocupa, porque o discurso atual é de que toda atividade tem que servir para alguma coisa; se fosse assim, a teoria do caos não teria acontecido. Mas temos que ter Inovação e isso é muito importante.

Outra coisa de extrema relevância são os marcos legais de C,T&I, e também da educação. A gente discute há tempos, mas ainda está ruim, não está fácil. O Ministério Público (MP) cumpre um papel importante, mas ele precisa ser mais esclarecido em relação às alternativas. Por exemplo: dependendo da instituição, o MP diz que o pesquisador não pode fazer consultoria. E a Lei do Bem diz que pode.
Ou seja, são descompassos.

3) Qual a sua opinião sobre o papel que a pesquisa cumpre e deve cumprir na formação de recursos humanos para o desenvolvimento, desde a educação básica até a pós-graduação?

Helena Nader – Eu aplaudo de pé a Capes. O que levou ao nosso grande avanço na produção científica, em todas as áreas do conhecimento, foi a avaliação. Eu sou totalmente a favor da avaliação, que é importante para o diagnóstico. Ela diz onde você está, porque aconteceram os avanços (ou retrocessos) e pra onde você vai, com estabelecimento de metas. E isso a Capes começou a fazer em meados da década de 70, o que conferiu muita  credibilidade, inclusive internacional, para o nosso sistema.

A avaliação, junto com a expansão do sistema de pós-graduação, foi algo fantástico. Ainda está aquém do que pode ser… e aqui eu concordo com o presidente da Capes, quando ele diz que não temos doutores suficientes, está faltando. Hoje o que diferencia a formação brasileira da europeia e  da americana é que após o término da pós, há muito pouco tempo sem pressão pra que o pesquisador se dedique a uma pesquisa no pós-doutorado. Temos poucos pesquisadores fazendo pós-doc e esse é um momento que você não está com a pressão de escrever uma tese, você pode deixar a sua mente mais livre para isso. Isso ainda é um gargalo.

Então, pra serve essa pós? Tem que servir pra sociedade. E retorno para a sociedade não quer dizer um produto na prateleira, pode ser (e é), inclusive, através da formação de pessoal qualificado para dar um salto na própria sociedade.

Eu vejo que o pós-graduando, junto com seu orientador, podem dar um retorno para a escola pública muito grande. De vez em quando devem ir até uma escola pública e sentir o que ela é. Estamos muito teóricos, teoriza-se muito. Mas o que está acontecendo de fato dentro da sala de aula, a realidade, só chegando lá para ver. O que falta na escola, o que já tem, quais são os anseios… Cada programa, em sua área, pode dar um retorno ao ensino básico.

Além disso, precisamos criar projetos de qualificação de fato, que atendam a um número grande de pessoas, como por exemplo, mestrado para professores do ensino básico, bolsa de iniciação à docência da Capes – em que, inclusive, o orientador também ganha uma bolsa – são iniciativas que já existem e precisam ser ampliadas. O governo está fazendo seu papel. Nós, a sociedade, precisamos ver se estão sendo cumpridos os propósitos, quais os produtos da iniciação à docência? Ainda é cedo, mas esse é um elo da pós com a educação básica, porque não adianta tentar mudar a educação por decreto.

O papel do pós-graduando é central e ele não pode encarar a bolsa e a pós-graduação como mais uma etapa. É sim, uma etapa de aprimoramento. Tanto é que aqueles que se dedicam, e é a grande maioria, ao final superam os orientadores. Meus orientandos são muito melhores do que eu, ainda bem. Eles me complementam. Isso é o futuro, a pós-graduação é o futuro e o presente. Eles são o hoje e o amanhã. O hoje porque a ciência está sendo feita e o amanhã porque são as pessoas que terão a caneta na mão. Não consigo imaginar a ciência sem a pós-graduação.

4) Há um intenso debate a respeito da participação das mulheres nos espaços de poder no país, que ganhou vulto com a eleição da primeira presidenta da República. Qual a sua opinião sobre a participação de mulheres na ciência brasileira? E sobre o papel dos jovens na pesquisa científica nacional?

Helena Nader – Eu  não aceitei ser candidata pelo fato de ser mulher, não vou mentir para você. Mas a participação das mulheres, quando se olha percentualmente, dependendo das áreas, é muito grande, a balança fica desproporcional. Na cadeia de comando, no entanto, isso é o inverso. Por exemplo, o número de mulheres que ocupam cargos de diretoria de institutos do CNPq, o número de reitoras, pró-reitoras.

Será que a solução para equalizar essa balança seria uma politica de cotas? Eu particularmente acho que não. Acho que isso seria desmerecer a mulher. Eu acho que a mulher é capaz, o que precisa é alertar. O que eu vejo, aqui no Brasil, e nos Estados Unidos é a mesma coisa, é um carma muito ruim que a mulher carrega. Porque ela é capacitada, ela tem a mesma qualificação do homem, mas muitas vezes não é selecionada. Acho que as coisas estão começando a mudar e não foi assim por um decreto, tem que haver espaço. O fato da presidenta Dilma ter sido eleita deu um  "clic" nas pessoas, salta mais aos olhos do país, termos uma presidenta e no resto do Brasil o domínio é masculino. Na área cientifica, quantos diretores de programas da Capes são mulheres? A mesma coisa acontece no CNPq. Posso citar o exemplo da professora Wrana Panizzi, que foi vice-presidente do CNPq, mas certamente tinha mais tempo para a função pois não era casada. Não adianta tapar o sol com a peneira.


5) O movimento nacional de pós-graduandos fez as primeiras reuniões de organização da ANPG dentro de reuniões da SBPC, instituição que representou um importante refúgio a diversos movimentos durante os anos de chumbo. Até hoje os estudantes realizam, todos os anos, o seu Encontro Nacional de Jovens Cientistas dentro das reuniões da SBPC. A participação dos estudantes pesquisadores deve ser estimulada dentro da SBPC ou este é um espaço para quem já cumpriu todas as etapas de formação acadêmica? Na sua concepção, de que forma os pós-graduandos, por exemplo, devem participar da SBPC?

Helena Nader – Eu comecei na SBPC como aluna de graduação, pois fazia iniciação científica. A SBPC foi a minha sociedade (só depois fui para a sociedade específica) e é um lugar onde estou sempre aprendendo. Então, na minha modesta convicção, a SBPC é um espaço de aprendizado que o pós-graduando não terá em outros lugares. Nas sociedades especificas estão os especialistas da área, mas não há a visão do todo que a SBPC contempla. Eles não estão vendo humanidades discutindo com exatas, eles não têm a oportunidade que há dentro da SBPC. Então eu acho que a participação dos pós-graduandos dentro da SBPC devia ser muito estimulada, eu acho que hoje é pouco. Assim como são poucos os graduandos que têm contato conosco. As Reuniões Anuais e regionais são eventos de uma riqueza muito grande.

Embora a ANPG trabalhe conosco, a  fluência de entendimento sobre a SBPC ainda não é clara entre os estudantes, de graduação e pós-graduação, e isso é ruim, pois vai acabar refletindo na vida profissional deles. Portanto, devemos estreitar cada vez mais a parceria, para que não ocorra apenas nas reuniões anuais e regionais. Esse também é um desafio no mundo de hoje, globalizado. Como nós, a SBPC, e suas 96 sociedades, podem colaborar com a ANPG e a ANPG com a SBPC, para difundir aquilo que está acontecendo dentro das Reuniões Anuais? O estudante que tem uma participação ativa – científica e politicamente – na instituição, conhece a SBPC, mas não são todos.

 

6) O que há de mais interessante e o que ainda falta nas reuniões anuais da SBPC?

Helena Nader – Nós inovamos em Natal com o "Ciência em Ebulição". Mas eu vejo que cada  seção cumpre um papel: os minicursos cumprem o papel de atualização, seja para os estudantes de graduação, para professores da rede do ensino básico ou até para pós-graduandos; mesas redondas e simpósios também têm um papel. Mas acho que a iniciativa do "Ciência em Ebulição", com pesquisadores debatendo temas polêmicos, com base em dados científicos, e não opiniões próprias, é algo extremamente moderno e deve continuar nas próximas edições.

As outras coisas que estamos incentivando são reuniões que acontecem em paralelo. Como reuniões de pesquisadores de uma determinada área.

Mais uma iniciativa que vem crescendo e que tem um apelo muito bom principalmente para o público não científico é a Expotec, pois ela dá uma dimensão de que o país realmente está inserido em Ciência e Tecnologia. São coisas que a sociedade e a comunidade leiga observa e admira.

Mas podemos inovar, graças a Deus. Quando não pudermos mais fazer isso, podem me enterrar ou tirar minha caneta rapidamente, porque estar satisfeito não é condição do ser humano.

 

7) Por que você é candidato (a) a presidente (a) da SBPC nesta eleição?

Helena Nader – Estou desde 1969 na SBPC, nunca deixei de pagar uma anuidade, inclusive quando estava no exterior. O que me motivou foi que nesses 3 anos e meio em que estamos à frente da SBPC – este grupo que vem trabalhando – tivemos muitos avanços importantes, inclusive contábeis. A instituição tem hoje um patrimônio que independe de quem estiver à frente dela. Tem um imóvel em São Paulo, um imóvel em Brasília. Isso ainda não está totalmente consolidado. Eu quero, além de consolidar isso, também fazer o que não deu tempo, que é levar a SBPC para todo o Brasil através do Jornal da Ciência. E embora isto esteja sendo dito pela outra candidatura, você pode pegar as atas das reuniões do Conselho da SBPC e verá que já dissemos isso anteriormente.

Já estamos contratando uma pessoa em Brasília, outra em Manaus ou Belém. Isso é o que queremos. Hoje, a ciência, graças a Deus, saiu do eixo RJ-SP-MG. Ela está no Sul, ela está no Norte, Oeste, Norte e Nordeste.  Então, essa presença da SBPC em diferentes lugares é uma coisa que a gente já estava fazendo.

A SBPC Jovem é outra coisa que eu acredito. E eu quero que isso fique não à mercê de quem está à frente. Hoje temos a SBPC Sênior e a SBPC Jovem, queremos que isso se mantenha e seja rotina.

Entusiasmo eu tenho. Pique e vontade também. Eu não estou aposentada, vou continuar trabalhando, como sempre trabalhei, produzindo. Mas eu vejo grandes desafios que o Brasil vai ter que passar. Inclusive, por mais que o governo diga que não, que a inflação está contida, houve um corte de orçamento muito sério e isso me preocupa. E a outra coisa que eu quero é lutar pelos fundos setoriais, que são tão importantes e não podem ser extintos.

Com o dinheiro proveniente do pé-sal o Brasil tem  maior chance da sua vida, pode tirar todos os anos de atraso  de quando nos levaram o ouro, o pau-brasil, agora se nós pulverizarmos esse recurso, vamos chorar mais tarde, vejo dessa forma.

Então, é por que eu acredito na SBPC e nas pessoas que estão junto comigo. É uma grande responsabilidade ver o Aziz Ab’Saber dizer por exemplo, que acredita em mim , o Sérgio Pereira, Sérgio Mascarenhas e por aí afora. Alguns eu conheço como aluna, outros como ídolo. Aziz é um ícone, uma pessoa que chega à idade dele e ainda empolga a plateia, ainda consegue fazer jovens se levantarem e aplaudirem de pé, é um ícone.

Há horas em que eu digo: será que pensei bem? Olha o quem vem pela frente! São dois anos corridos. Mas eu gostaria [de ser eleita]. Agora, se vou conseguir, cada eleitor é quem sabe.

8) Qual mensagem gostaria de deixar aos pós-graduandos?

Helena Nader – Venha para a SBPC! Ela fez parte da minha vida, continua fazendo parte da minha vida e não me arrependo um minuto sequer do tempo que eu curti dentro da SBPC e do tempo que eu dediquei para a SBPC. Só cresci. A minha mensagem é essa: acredite no país e na sua ciência.

 

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Em texto publicado no Jornal da Ciência, a candidata ao cargo de Secretaria Geral, Rute Maria Gonçalves de Andrade, coloca seu apoio à candidatura de Helena Nader à presidência da SBPC.

Da Redação da ANPG