Confira abaixo o relato da APG-UFRGS sobre a campanha pelo voto paritário na eleição para a reitoria da universidade e acompanhe a repercussão do movimento na imprensa ao fim do texto.
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Na última sexta-feira a APG da UFRGS participou ativamente das atividades que envolveram a reunião do CONSUN e a pauta envolvendo a forma de eleição para reitor no próximo ano. A APG reafirmou seu compromisso com a democracia e seu engajamento na luta pela paridade.
Na quinta-feira à noite estivemos presentes na Vigília pela Paridade e, junto com mais de 80 estudantes, acampamos na reitoria aguardando a reunião do CONSUN, acumulando forças para o ato "Quem tem medo da democracia?" organizado pelas entidades (APG, DCE e ASSUFRGS).
Na reunião do Conselho Universitário foi apresentado o relatório da Comissão Especial que revisou as diversas leis que regulamentam a matéria das eleições para reitor. O relatório apresentava uma interpretação da legislação e recomendava a manutenção de uma consulta formal à Comunidade Acadêmica. Com esta recomendação estava também assegurada a manutenção da proporcionalidade 70-15-15 entre professores, técnicos e estudantes.
Além de fazer o levantamento sobre a legislação pertinente, a Comissão Especial foi designada para analisar casos de outras universidades (como por exemplo, as mais de 23 instituições federais nas quais as eleições se dão de forma paritária). Entretanto, o relatório apresentado ao CONSUN não apresentou nenhuma análise sobre outras formas de eleições em outras IFES, restringindo-se, ao tratar da possibilidade de uma consulta informal, a levantar uma série de questionamentos sobre as entidades representativas dos seguimentos na Universidade e assumindo clara posição pela manutenção do 70-15-15. Nosso representante na Comissão Especial, Rodrigo Baggio, juntamente com o conselheiro José Luis Rockenback, votaram contra o relatório.
Após a leitura do relatório da Comissão Especial, os conselheiros Adriano Saraiva Amaral e Roberto Antunes, representantes discentes indicados pela APG, juntamente com os conselheiros representantes da ASSUFRGS e do DCE, propuseram o debate necessário em relação ao tema, apontando a fragilidade e parcialidade do relatório da Comissão Especial, bem como denunciando a falta de tempo para discussão do tema nos diversos segmentos da Universidade.
Após um longo debate, foi encaminhada votação da proposta de uma nova reunião para discussão sobre a alteração do Estatuto, uma vez que a análise de outros modelos de eleição passa necessariamente pela mudança estatutária. 31 votos favoráveis ao agendamento de reunião e 23 votos contrários.
Na sequência, votou-se a data da nova reunião. APG e DCE apresentaram propostas para que a reunião fosse agendada em prazo razoável para realização de amplos debates sobre o tema junto aos estudantes, mas venceu a proposta de reunião para o dia 16/12.
Seguiremos comprometidos e mobilizados, lutando por todos os meios possíveis para construir a democracia na nossa Universidade.
Até o dia 16 ampliaremos os esforços para apontar as alternativas e, em diálogo com todos os segmentos desta universidade, conquistar uma eleição para reitor paritária.
Incentivamos todos a continuarem com o questionamento: quem tem medo da democracia?
Nós não temos!
Por APG-UFRGS
Veja a repercussão do movimento:
G1
UOL
JORNAL NH
Zero Hora – notícia 1