Desde o dia 17 de maio, dezenas de universidades federais tiveram suas atividades docentes paralisadas por conta da deflagração de mais uma greve. A reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho estão entre as reivindicações dos professores.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Os professores também querem a valorização e melhoria das condições de trabalho dos docentes nas Universidades e Institutos Federais e atendimento das reivindicações específicas de cada instituição, a partir das pautas de elaboradas localmente.
Diversas Associações de Pós-Graduandos têm manifestado seu apoio aos movimentos locais de greve, a partir da análise da realidade local.
APG UFPE, APG UFSJ , APG UFBA e o Fórum de Pós-Graduandos da UFPR já aprovaram moções de apoio. Outras APGs realizam assembleias nos próximos dias. Os estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) tem Assembleia Geral marcada para ocorrer nesta terça (29). O encontro é às 18h, no Chalé da Arquitetura (Praia Vermelha).
Na tarde desta terça-feira mais de dois mil estudantes protagonizaram o que foi uma das maiores assembleias dos últimos dez anos na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tomando por completo a quadra da educação física do campus Fundão, para declarar apoio à paralisação dos docentes .
Além do apoio aos professores, foi declarada greve estudantil por tempo indeterminado, apresentando as pautas específicas como a defesa de 10% do PIB para a educação, maior investimento em pesquisa e extensão universitária e o descongelamento da contratação de novos professores.
Para a presidenta da ANPG, Luana Bonone, a greve dos docentes explicita o grave momento da educação brasileira.“Historicamente a ANPG sempre se posicionou ao lado dos professores em momentos como esse. Acreditamos que além do reajuste salarial é necessário garantirmos 10% do PIB em investimentos para Educação e 2% do PIB para Ciência e Tecnologia”, finalizou.
A votação do PNE começaria hoje na Câmara dos Deputados (leia mais), porém, seis medidas provisórias trancam a pauta da Câmara. "A votação do PNE é uma prioridade da Câmara. Na primeira oportunidade, o projeto será votado",disse Marco Maia, presidente da Casa.
A comissão especial que analisa o PNE começou a analisar a proposta nesta terça-feira. O projeto está em análise na Câmara desde o final de 2010 e define diretrizes para a educação brasileira na próxima década.
Leia mais: Sobre a greve nas federais, artigo de Theófilo Rodrigues.
Da Redação com informações do Andes e Sítio oficial da UNE.
*Atualizada às 15h29 da quarta-feira(30).