As entidades ANPG, UNE e UBES serão recebidos pela presidenta Dilma nesta quarta (22), para debater temas latentes na luta dos estudantes. Pauta compactuada pelas entidades é a destinação de 10% do PIB para educação, luta que se intensificou após o recurso de parlamentares para atrasar a votação do relatório do Plano Nacional de Educação (PNE) que prevê a verba.
A presidenta da ANPG, Luana Bonone, acredita que no bojo da reinvindicação pelo incremento do orçamento destinado à educação, todos os estudantes serão contemplados. “A educação é elemento estratégico para o desenvolvimento do país. Garantir os 10% do PIB para educação, significa atender a pauta dos estudantes em todos os níveis, inclusive, nas questões defendidas pela ANPG, como: política permanente da valorização das bolsas de pesquisa e assistência estudantil."
A UNE lançou a campanha #Somostodos10% para pressionar que os deputados retirem a assinatura do recurso que adia o PNE. Segundo Daniel Iliescu, presidente da UNE, o encontro vai reafirmar o posicionamento dos estudantes brasileiros. “Não aceitamos menos de 10%. Em relação à assistência estudantil, sabemos que atualmente é algo fundamental para garantir a permanência dos estudantes na universidade e a principal pauta de reivindicação dos jovens na greve das federais. Queremos mais assistência e vamos brigar por isso”, afirmou.
Leia Nota da UNE em defesa da educação e da universidade brasileira
No dia 26 de junho, representantes de 44 DCE´s de federais e lideranças da UNE reuniram-se com o ministro da educação Aloizio Mercadante para entregar a ele uma ampla pauta de reivindicações específicas de cada universidade.
#SOMOS TODOS10%
A UNE carrega como principal bandeira de luta maiores investimentos em educação como 50% do fundo social e dos royalties do Pré-sal e 10% do PIB. No último dia 26 de junho os estudantes brasileiros alcançaram uma importante vitória nessa direção, a comissão especial da câmara dos deputados aprovou o relatório do PNE com meta de investimento em educação de 10% do PIB. A conquista é fruto de muita mobilização dos estudantes em conjunto com o movimento educacional.
Porém, no último dia 14 de agosto, o Governo emitiu um recurso que, atentando contra o direito dos estudantes e trabalhadores a uma sociedade mais justa e democrática, pode retardar a tramitação do plano no congresso e colocá-lo para votação após as eleições municipais de 2012, ou seja, em 2013.
O recurso foi assinado por 80 deputados, e mais uma vez a UNE em parceria com outras entidades do movimento educacional mobilizam-se para pressionar o governo a votar imediatamente o PNE com 10% do PIB.
Da redação, com informação de Camila Hungria, UNE.