Logo após o reajuste concedido pelo MEC e pelo MCTI de 10% nas bolsas de pesquisa, anunciado depois de intensa mobilização dos pós-graduandos em todo país, o ministro Marco Antônio Raupp recebeu os diretores da ANPG para discutir algumas bandeiras da entidade.
Mesmo contente pelo fato do governo ter cumprido a promessa feita aos pós-graduandos em relação ao reajuste das bolsas, foi colocado ao ministro que o valor ainda é insuficiente para cobrir a defasagem histórica que essas bolsas vem sofrendo. Nesse sentido, a ANPG defende a aprovação de um mecanismo que garanta o reajuste anual das bolsas de pesquisa, pois não adianta dar o reajuste agora e ficarmos mais quatro com o valor congelado, como aconteceu recentemente.
Foi cobrado também do ministro o reajuste das bolsas de Iniciação Científica, que aconteceram em julho de 2012, mas dessa vez ficaram de fora.
Outro ponto importante tratado na reunião foi sobre o orçamento do MCTI. A ANPG lançou um manifesto em que defende o aumento das verbas para o ministério, pois sem isso será, inclusive, impossível pensarmos numa valorização dos pesquisadores em nosso país. Apoiamos a emenda do Senador Inácio Arruda à MP 592 que ora tramita no Senado Federal. Essa emenda visa destinar 50% do Fundo Social do Pré-Sal para Educação e Ciência e Tecnologia.
O manifesto tem recebido apoio de diversos setores envolvidos com Ciência e Tecnologia no Brasil.
Segundo a presidente da ANPG, Luana Bonone: “Foi uma reunião bastante produtiva. Ao mesmo tempo em que reconhecemos a importância do último reajuste e o espaço permanente de dialogo com o ministério, cobramos que o pós-graduando precisa ser mais valorizado se quisermos realmente colocar o Brasil num patamar de desenvolvimento científico, econômico e social elevado. A luta por mais verbas para Ciência e Tecnologia é uma luta comum”.