O estudante maranhense de engenharia mecânica participa da construção e análise de um modelo de jato executivo na Coreia do Sul
Bolsista de graduação sanduíche em engenharia mecânica da Hanyang University, localizada na Coreia do Sul, João Luis de Meneses Barros é estudante da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e conseguiu uma oportunidade de estágio no Applied Aerodynamics Laboratory (AEROLAB), Laboratório de Aerodinâmica da Hanyang University. Anteriormente, o aluno já havia participado de estágio na STX Corporation (Divisão de Plantas e Máquinas) e também foi voluntário na UNESCO, apresentando projeto sobre a realidade brasileira em colégios coreanos por meio do Programa de Conscientização Cultural (Cross Cultural Awareness Programme).
Bolsista de graduação sanduíche em engenharia mecânica da Hanyang University, localizada na Coreia do Sul, João Luis de Meneses Barros é estudante da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e conseguiu uma oportunidade de estágio no Applied Aerodynamics Laboratory (AEROLAB), Laboratório de Aerodinâmica da Hanyang University. Anteriormente, o aluno já havia participado de estágio na STX Corporation (Divisão de Plantas e Máquinas) e também foi voluntário na UNESCO, apresentando projeto sobre a realidade brasileira em colégios coreanos por meio do Programa de Conscientização Cultural (Cross Cultural Awareness Programme).
Com duração de dois meses, o estágio foi realizado em um laboratório e o estudante participou principalmente da fase do projeto conceitual de aeronaves. "O projeto trata-se de um conceito de aeronave não-convencional que os cientistas acreditam ser o modelo promissor nas próximas gerações de aeronaves, mas hoje encontramos basicamente apenas modelos em fase de testes. A configuração chama-se Blended Wing-Body (comumente conhecido como BWB), em que o corpo e a asa da aeronave tem formatos aerodinâmicos semelhantes, agindo em conjunto para gerar força de sustentação de voo. Pesquisas neste seguimento apontam que aeronaves comerciais desse modelo poderiam comportar de 450 a 800 passageiros, sendo em média 20% mais econômicas em combustível do que aeronaves convencionais de mesma classe", explica o aluno.
O Estágio – Segundo o estudante, ele participa da construção e análise de um modelo de jato executivo, com capacidade de 14 a 19 pessoas. Devido a este conceito ser bem menor que os primeiros protótipos neste seguimento, o estudante ressalta que o projeto acaba se tornando bastante delicado, em que a viabilidade ainda está em estudo. "No estágio, fiquei responsável por fazer um levantamento de dados de aeronaves tradicionais da mesma classe, fazer estudo de estimativa de peso que a aeronave teria para decolagem, bem como o estudo de aerofólios (design que dá forma aerodinâmica à aeronave, fazendo-a gerar força de sustentação) para condição de voos transônicos. Acompanhei as simulações mais complexas que meus superiores faziam, que é a parte que mais consome tempo, devido à enorme capacidade computacional requerida", relata João.
Resultados – João destaca que o estágio neste laboratório foi uma excelente oportunidade de acompanhar de perto o início de um projeto de uma aeronave real, que encerra em si todas as competências em engenharia, e a mais alta tecnologia disponível no mercado. "Esta experiência foi uma ampliação dos horizontes de potencialidade do setor. Fiquei bastante feliz pelo feedback positivo dos meus superiores, principalmente pela minha adaptação à cultura de trabalho e vivência coreana, o que me rendeu um convite para estudar o nível de Mestrado e PhD em Aeronáutica pelo laboratório", destaca o bolsista.
O Laboratório – Sob coordenação do professor PhD Jin-Soo Cho, presidente da Sociedade Aeroespacial da Coreia do Sul e um dos mais importantes pesquisadores do país, o Applied Aerodynamics Laboratory é mantido na Hanyang University e tem como foco de pesquisa o projeto conceitual e preliminar de aeronaves de asa fixa, helicópteros, turbo máquinas e demais sistemas que façam uso de análise de Dinâmica de Fluidos.
Este faz parte de uma rede de laboratórios de pesquisa diretamente ligados à Korean Aerospace Industries (KAI), a equivalente da Embraer, e com faturamento de US$ 1,9 bilhão em 2012. Reconhecido como "Laboratório de Excelência" pela companhia coreana, participou de projetos tal como o desenvolvimento do caça supersônico de treinamento T-50.
(Assessoria de Comunicação do CNPq)
(Jornal da Ciência)