Nova gestão da ANPG reúne-se com a reitoria da USP para apresentar moção aprovada no 24º CNPG
Na última quarta-feira (7), em reunião com o reitor da Universidade de São Paulo, Marco Antonio Zago, e as entidades estudantis UNE (União Nacional dos Estudantes) e UEE (União Estadual dos Estudantes), a nova gestão da ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos) apresentou a moção de apoio ao pedido de suplementação orçamentária para a USP. Essa moção foi aprovada em plenária durante o 24º Congresso Nacional de Pós-Graduandos.
Durante essa reunião, foi decidido que as próximas edições do CONEG (Conselho Nacional de Entidades Gerais, da UNE) e do CEE (Conselho Estadual de Entidades Gerais, da UEE) serão realizados na Universidade de São Paulo.
Zago havia enviado uma carta à comunidade uspiana, três meses após assumir o cargo de reitor, em janeiro deste ano, para explicar sobre a real situação financeira da universidade, que não vai muito bem. Nesta carta, ele diz: “(…) depois de aprofundar o conhecimento sobre a situação orçamentária da Universidade, antes compartilhada por poucas pessoas, entre as quais não estavam incluídos os Pró-Reitores, sinto-me no dever de esclarecer aos professores, funcionários técnicos e administrativos e estudantes sobre as dificuldades que teremos de enfrentar, nos próximos anos, para recolocar a USP em situação de normalidade financeira.”
Ele ainda explica, neste ofício, como a situação da universidade chegou a esse ponto crítico: “O cerne da dificuldade que se apresenta é que saímos, em 2011, de uma relação que estava próxima de 80% para gastos com pessoal e 20% para investimentos e outros custeios (considerada saudável para uma universidade) para uma relação que ultrapassou a casa dos 100% para pessoal no ano de 2013. Isso significa que cada licitação feita por uma Unidade de Ensino e Pesquisa para manter as suas atividades normais terá que onerar, necessariamente, a reserva que ainda resta para a Universidade. E, no ritmo em que as coisas vinham acontecendo, essa reserva tinha data certa para acabar.”
A moção apresentada ao reitor pela recém-eleita presidenta da ANPG, Tamara Naiz, propõe que o governo do Estado de São Paulo e a ALESP aprovem uma suplementação orçamentária para o exercício de 2014 e que seja estudado um plano que garanta aumento progressivo do repasse à Universidade.
Zago agradeceu a iniciativa dos pós-graduandos durante o 24º CNPG, mas disse que irá recorrer a uma ação como essa somente em última instância. Segundo o reitor, a universidade recebe uma boa quantia por ano do Governo. Ele teme que ao pedir mais dinheiro, a USP perca sua autonomia em gerir o recurso. Segundo o reitor, é necessário administrar bem esse montante, durante os próximos anos, para recuperar a saúde financeira da universidade.
Da Redação