Foto: Nelson Antoine
No Dia do Professor, a Presidenta Dilma Rousseff reuniu-se com lideranças do movimento estudantil, representantes de entidades sindicais e do movimento educacional, além de diversos professores e estudantes, para dialogar com os principais atores da educação. O evento ocorreu ontem (15), no clube Homs, em São Paulo.
O encontro contou com a presença do Ministro da Educação, José Henrique Paim, o Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a presidenta da APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Maria Izabel Azevedo, anfitriã do evento, e o neurocientista Miguel Nicolelis.
A presidenta da ANPG, Tamara Naiz, juntamente com as presidentas da UNE, Vic Barros, e UBES, Bárbara Melo, também estiveram presentes no Ato e entregaram à candidata a carta das três entidades em apoio à reeleição de Dilma, aprovada em reunião da diretoria plena da UNE na última terça-feira (14). Na ocasião,Tamara também entregou à Dilma a Carta da Associação Nacional de Pós-Graduandos aos pós-graduandos e à sociedade brasileira em apoio à reeleição de Dilma Rousseff à Presidência (foto).
“A ANPG decidiu se posicionar neste segundo turno em favor da Presidenta Dilma porque consideramos que o futuro do país que está em jogo. E porque a Dilma? Durante esse governo, nós acreditamos que o Estado assumiu um papel importante na promoção de políticas públicas que propiciam o bem-estar social da população. Houve transformações importantes no país, uma delas é a redução das desigualdades sociais, e outra é a expansão no acesso à educação, em todos os níveis. A oferta de cursos de pós-graduação, nos últimos 12 anos, mais do que dobrou, assim como o numero das bolsas de pesquisa.” explica Tamara.
“É importante destacar a efetividade de um Estado forte, com políticas públicas que garantam investimento em áreas estratégicas, como Educação e Ciência & Tecnologia. E o atual governo tem feito isso. Não queremos um retrocesso a um passado, onde essas áreas não eram vistas como estratégicas e, portanto, não tiveram investimentos significativos. É por negar esse retrocesso e para continuar no caminho de avanços que decidimos, juntamente com as outras entidades do movimento estudantil, apoiar Dilma. Claro, sabemos que ainda há muito a ser feito, o Brasil tem ainda enormes desigualdades, mas sabemos também que elas não vão ser resolvidas em poucos anos, por isso é importante continuar a construir esse caminho de mudanças”, acrescenta.
A anfitriã do evento, a presidenta da APEOESP, Maria Izabel Azevedo, abriu a sessão de falas no evento, chamando a atenção para os avanços na área educacional. “Nós professores temos que agradecer a Dilma, principalmente pela Lei de número 11.738 [de 16 de julho de 2008], que regulamenta o piso salarial do professor, evitando, como ocorreu no tempo do FHC, que os professores ganhassem menos que um salário mínimo.”
Quando tomou a palavra, a presidenta da UNE, Vic Barros, cumprimentou a presidenta Dilma e parabenizou os professores pelo Dia do Professor. Em seguida, destacou as benfeitorias dos programas sociais na área da educação implantados nos últimos 12 anos. “O Brasil hoje é o país que transforma petróleo em educação”, ressaltando as conquistas que garantem 75% dos royalties do petróleo e 50% do fundo social do pré-sal para o setor.
Após as diversas falas dos convidados, a presidenta Dilma iniciou seu discurso cumprimentando os professores e enaltecendo a função do professor. “A primeira coisa que eu quero fazer é saldar e cumprimentar todos os professores pelo seu Dia. O Dia do professor é um dia simbólico. Se existe uma categoria que o Brasil deveria valorizar é essa categoria dos Professores e Professoras. Aliás, devíamos falar parabéns ProfessorAS e depois Parabéns ProfessoRES, até porque é uma categoria integrada dominantemente por mulheres.”
A Presidenta também chamou a atenção para a importância de se valorizar a profissão do professor, uma vez que ele é o agente da educação, com a qual é possível modificar realidades. “Em minha proposta de governo, a educação está no centro de tudo, por dois motivos fundamentais. Primeiro, porque temos que consolidar o grande avanço na distribuição de renda e na inclusão social e, portanto, temos ainda que retirar 36 milhões de pessoas da pobreza extrema de e a elevar outras 42 milhões para a classe média. Isso garante que essa desigualdade se reduza, modificando, cada vez mais, a distribuição de renda do Brasil, com base numa educação de qualidade e da valorização do professor, proporcionando salários melhores para a categoria”, explicou Dilma.
“Também há outro caminho muito importante que é a educação permite: a formação de cientistas e tecnólogos, responsáveis por inovações no nosso país, que nos permitirão ingressar na economia do conhecimento. Esses são os dois fatores que esclarecem porque a educação deve ser prioridade no nosso governo”, acrescenta.
A Presidenta Dilma ainda citou a Lei que destina 75% dos royalties do petróleo que são recebidos pela União e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação como um imenso passo dado pelo governo para melhorar o setor. “Nós vamos transformar uma riqueza finita em uma riqueza permanente, que é o patrimônio que a pessoa carrega com ela”, diz.
Da redação