Fotos: coordenação de comunicação da APG USP Capital
Há muito tempo existe um conhecido problema de segurança no Campus “Armando Salles de Oliveira”, conhecido como ‘Cidade Universitária’ da USP. Problemas frequentes com assaltos e estupros, e com homicídios ocasionais.
A Cidade Universitária é um dos maiores complexos universitários do país e abriga a maior parte das atividades de graduação e pós-graduação da Universidade de São Paulo. E, há muito tempo, a comunidade acadêmica sofre com a falta de diálogo das administrações para resolver o problema.
Esta semana o movimento estudantil foi surpreendido com um plano negociado nos bastidores entre a Reitoria e a Secretaria de Segurança pública do Estado de São Paulo. E a APG USP-Capital está liderando a resistência ao plano, com a organização de um protesto, que começou hoje (07), às 13 horas, em frente à reitoria. A intenção é que eles sejam recebidos pelo Reitor antes da assinatura do convênio com a Secretaria de Segurança Pública.
Segundo Mariana Moura, coordenadora geral da APG, “Zago foi eleito com o compromisso do diálogo. Infelizmente, essa não tem sido sua prática cotidiana. Os estudantes tem assento nas Comissões de Direitos Humanos e na Comissão Gestora do Campus e não foram chamados a opinar sobre essa assunto tão importante”.
Phillipe Pessoa, diretor da ANPG, está acompanhando o movimento e garante que “a partir do diálogo, podemos encontrar soluções mais eficazes, que passam pela ocupação e iluminação do Campus, eliminando os grandes vazios onde acontecem a maioria dos atos criminosos”. Segundo Pessoa, “a experiência recente já provou que a presença da Polícia Militar no Campus não contribuiu para a redução no número de crimes, ao contrário”.
Natália Dias, tambem diretora da APG, questiona o modelo da Polícia Militar como um todo. Segundo ela, “a Polícia Militar é uma instituição que recebe um sem número de questionamentos por sua atuação, e muitos especialistas na área de segurança pública propõem a sua extinção e a unificação das polícias. Trazer a PM para o Campus, em serviço 24 horas, sem consultar os estudantes e moradores do Conjunto Residencial da USP (CRUSP) é uma decisão muito questionável.”
Da Redação