No último sábado (5) a Associação Nacional de Pós-Graduandos, ao lado de entidades estudantis, movimentos sociais e partidos políticos, lançaram a Frente Brasil Popular, em Belo Horizonte (MG). Cerca de 2 mil manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde fizeram um protesto contra a política econômica e os cortes orçamentários, que ceifam os direitos dos trabalhadores e das políticas sociais. “O Lançamento da Frente Brasil Popular vem unificar os movimentos sociais, intelectuais e partidos de esquerda na defesa do Brasil, do desenvolvimento e da democracia. Sendo assim a Associação Nacional de Pós Graduandos se faz presente na luta contra a onda conservadora que, quando ataca a Petrobras, diretamente ataca a produção da ciência e tecnologia brasileira”, diz Giovanny Kley, diretor de Juventude da ANPG e Secretário Nacional de Juventude da Unegro.
“Entendemos que esse momento precisa de grande unidade dos movimentos sociais para defender os direitos conquistados pela juventude, pelos trabalhadores, pelo conjunto da população brasileira. Também é o momento de avançar e intensificar as mudanças que nosso país precisa, além de ser hora de lutar por uma nova política econômica que não retire direitos da sociedade. Estamos aqui para defender a democracia. A ANPG, junto com os demais movimentos sociais, acredita que essa Frente será um importante espaço para o fortalecimento dos movimentos no próximo período e para a defesa de um projeto mais avançado de desenvolvimento para o nosso país”, diz a presidenta da ANPG, Tamara Naiz.
Além de Tamara e Giovanny, estiveram presentes o vice-presidente da Associação, Cristiano “Flecha” Junta, e o diretor de Pós-Graduação Lato Sensu, Tulio Gonçalves.
Além da Frente, na ocasião também foi divulgado um manifesto propondo importantes mudanças na política e na economia do Brasil, defendendo caminhos para enfrentar a crise, a reforma política e contra o golpismo.
Os quatro grandes objetivos do manifesto são:
1. Defesa dos direitos dos trabalhistas: melhorias das condições de vida, emprego, salário, aposentadoria, moradia, saúde, educação, terra e transporte público!
2. Ampliação da democracia e da participação popular nas decisões sobre o presente e o futuro de nosso país; contra o golpismo – parlamentar, judiciário ou midiático – que ameaça a vontade expressa pelo povo nas urnas, as liberdades democráticas e o caráter laico do Estado; contra a criminalização dos movimentos sociais e da política; contra a corrupção e a partidarização da Justiça; contra a redução da maioridade penal e o extermínio da juventude pobre e negra das periferias; contra o machismo e a homofobia, contra o racismo e a violência que mata indígenas e quilombolas!
3. Luta pelas reformas estruturais e para construir um projeto nacional de desenvolvimento democrático e popular: reforma do Estado, reforma política, democratização do Poder Judiciário, reforma na segurança pública com desmilitarização das Polícias Militares, democratização dos meios de comunicação e da cultura, reforma urbana, reforma agrária, consolidação e universalização do Sistema Único de Saúde, reforma educacional e reforma tributária progressiva.
4. Defensa da soberania nacional: o povo é o dono das riquezas naturais, que não podem ser entregues às transnacionais e seus sócios! Defesa da soberania energética, a começar pelo Pré-Sal, a Lei da Partilha, a Petrobrás, o desenvolvimento da ciência e tecnologia, engenharia e de uma política de industrialização nacional! Luta em defesa da soberania alimentar e em defesa do meio ambiente. Luta contra as forças do capital internacional, que tentam impedir e reverter a integração latino-americana.
Da redação, com informações do G1