A criação deste grupo de trabalho para debater as condições dos pós-graduandos brasileiros é fruto da mobilização da ANPG
O Ministério da Educação criou um grupo de trabalho para propor ações de inclusão de negros, pardos, indígenas e estudantes com deficiência em programas de mestrado e doutorado. A medida está em portaria publicada na edição de hoje (15) do Diário Oficial da União.
Além do mestrado e doutorado, a portaria pretende incluir esses estudantes em programa de mobilidade internacional. O grupo tem o prazo de quatro meses para concluir as atividades.
O grupo de trabalho será formado por representantes de secretarias do Ministério da Educação, pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e organizações como a Associação Nacional de Põs-Graduandos, o Fórum Nacional de Educação Inclusiva, a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, a Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena e a Educafro.
A coordenação será de responsabilidade da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), vinculada ao Ministério da Educação.
A criação deste grupo de trabalho para debater as condições dos pós-graduandos brasileiros é fruto da mobilização da ANPG que, em agosto deste ano, montou um acampamento em Brasília, em frente ao MEC, para pressionar sobre as reivindicações da categoria.
Esse grupo de trabalho terá o prazo de 60 dias para debater as questões apresentadas pela ANPG relacionadas, sobretudo, à assistência estudantil, à valorização das bolsas de pesquisa, à melhoria nas relações acadêmicas e à mais financiamento na pós-graduação.
Da redação
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