O acordo foi assinado na última quarta-feira (27)
Foi assinado nesta quarta-feira, 27, no edifício-sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), protocolo de cooperação com o objetivo de realizar atividades voltadas à implementação de ações e programas que visem à formação de recursos humanos e o aprimoramento de competências técnicas e científicas, com foco na recuperação da bacia hidrográfica do Rio Doce.
O documento foi firmado pelo presidente Capes, Carlos Nobre, e pelos presidentes e representantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Agência Nacional de Águas (ANA), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), instituições parceiras na iniciativa.
Carlos Nobre ressaltou em sua fala o importante papel da comunidade científica em resposta a questões emergenciais, como o ocorrido em Mariana (MG). “A comunidade científica tem respondido muito bem a esse tipo de situação. E, na minha opinião, o novo marco legal de ciência, tecnologia e inovação vai permitir que tenhamos uma articulação ainda mais rápida em desastres que demandem um posicionamento quase que instantâneo”, disse.
O presidente em exercício da Fapemig, Paulo Sérgio Beirão, também apontou a rapidez como aspecto relevante nas respostas da comunidade científica às demandas sociais. “Mais que gerar infraestrutura, queremos soluções que possam ser implementadas de imediato, gerando tecnologias que sejam utilizadas em outras bacias hidrográficas.”
O papel da comunidade científica foi citado ainda pelo presidente da Fapes, Jose Antonio Buffon. “Devemos investir na mobilização das competências de conhecimento instalado nas universidades e institutos brasileiros, que não são poucas, para fazer um diagnóstico seguro de quais são os cenários possíveis para a resolução desse problema. Parte cabe à natureza resolver, mas podemos ajudá-la nesta tarefa.”
Políticas Públicas
Para o presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, o protocolo demonstra a capacidade de as agências trabalharem juntas em direção à adoção de políticas públicas baseadas em evidências científicas. “A ciência deve procurar consensos para, a partir daí, propormos políticas públicas. Isso que estamos fazendo é uma demonstração para o País de que somos capazes de produzir respostas a questões concretas. Esse é mais um passo que mostra o que a ciência, a tecnologia e a inovação podem fazer para um país”, explicou.
Na mesma linha de pensamento, o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu Guillo, concordou com a ideia de que a comunidade científica deve se posicionar no sentido de dar segurança às decisões tomadas na sociedade. “Esperamos que, no menor prazo possível, possamos ter produtos que nos concedam respostas, tendo em vista sempre o interesse da sociedade brasileira e os benefícios que ela pode usufruir.”
Sustentabilidade
Para o diretor de Avaliação da Capes, Arlindo Philippi Jr, a parceria é muito importante para a sociedade. “É extremamente relevante a contribuição da ciência brasileira ao estudar problemas como os desastres ambientais, fazendo com que as comunidades científica e acadêmica possam oferecer respostas para o entendimento dos problemas e, ao mesmo tempo, a agregação dos conhecimentos gerados possa trazer condições adequadas para a recuperação dessa área, contribuindo com a sustentabilidade do nosso planeta.”
Também estavam presentes na reunião os diretores de Relações Internacionais da Capes, Adalberto Luis Val; de Tecnologia da Informação, Sergio da Costa Cortes; de Gestão, Weder Matias; e o diretor de Programas e Bolsas no País substituto, Adalberto Grassi.
Fonte: Capes