A Associação de Moradores do Conjunto Residencial da USP (AMORCRUSP) realizou na última quarta-feira (24/2) uma roda de conversa com o vice-presidente da ANPG, Cristiano Junta), diretor da UNE (João Luis Lemos) e Marcela Peters da .Comissão de Mobilização pelas Creches da USP sobre permanência estudantil.
Em uma discussão animada, que levantou diversas questões desde os problemas específicos de permanência da USP até o problema da política de ajuste fiscal que vem levando a frente o governo Dilma discutiu-se os rumos para ampliar e unificar a luta dos estudantes, funcionários e professores da USP.
Marcela Peters falou da situação das creches na USP. Marcela lembrou que desde 2015 a USP impede a matricular de novas crianças criança em suas creches. Ela contou sobre o história de mobilizações que a Comissão de creche mobilizada da USP tem realizado com o apoio de diversas entidades e fez a denúncia de que hoje, de acordo com a estrutura atual de cada creche, no cenário atual seria possível atender mais 140 crianças, porém a administração central da USP se nega a acolher nova criança.
João Lemos, também estudante da USP, lembrou que há grande defasagem entre a demanda por assistência estudantil e a estrutura ofertada atualmente pela universidade. Além disso, acrescentou que a USP ainda tem visão pouco avançada na concepção da política de assistência estudantil exigindo contrapartidas em diversas modalidades dos benefícios. Segundo o diretor da UNE, no estado de São Paulo e nas universidades estaduais paulistas estes problemas são especialmente marcantes, contudo estão presentes também nas demais universidades públicas Brasil afora. João Lemos apresentou ainda que a UNE tem lutado contra a política de ajuste e cortes sucessivos dos recursos da educação que é um dos principais riscos de retrocesso para a luta por assistência estudantil.
Critiano Junta, falou sobre a situação política nacional e afirmou que é um verdadeira tragédia que o governo Dilma, eleito para levar à frente as aspirações populares e as revindicações dos trabalhadores, esteja aplicando um brutal ajuste fiscal com redução de verbas para Educação. O vice-presidente da ANPG lembrou ainda que a USP, UNICAMP e UNESP perderam mais 233 milhões de reais em 2016 como resultado do corte de verbas feito pelo governo Alckmin, o que agrava ainda mais a crise financeira em que a USP se vê afunda já a alguns anos. Ele concluiu que só é possível reverter essa situação com um amplo movimento na USP unificando o movimento estudantil, de professores e funcionários para combater o desmonte da univeridade.
Aline Franco, diretora da ANPG e também diretora da AMORCRUS, fez um retrospecto das lutas da Associação e afirmou que os estudantes do CRUSP tem vindo em grande quantidades às assembleias e estão dispostos a lutar pela melhoria do CRUSP que se encontra com diversas debilidades em virtude da posição retrógrada da administração da USP em relação as reivindicações dos estudantes.
Quase todos os presentes falaram e opinaram sobre as diversas questões colocadas. Um discussão com diversas opiniões em que foram respeitas das divergência políticas e apontou que o caminho para reverter os problemas de permanencia estudantil na USP, bem como a grave crise que atravessa o pais, é a união dos movimentos dos trabalhadores e estudantes em torno e uma pauta objetiva de reivindicações.
Da redação