O projeto aprovado no Senado que retira da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal foi recebido na Câmara com muitas críticas, nesta quarta-feira (03), no Ato em Defesa da Petrobras, que reuniu parlamentares e representantes dos movimentos sociais e estudantil.
O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA), que abriu o evento, anunciou um calendário de luta contra o projeto que ameaça a indústria petrolífera e a Petrobras.
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O ato foi pontuado por discursos em defesa da Petrobras e de repúdio ao PLS 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB/SP), aprovado no Senado. Além disso, foram ditas palavras de ordem que manifestam a posição do público presente, que lotou o plenário da Câmara.
A presidenta da ANPG, Tamara Naiz, que participou do ato, destacou em sua fala os impactos negativos que acarretarão da mudança no modelo de partilha do pré-sal na Educação (com a perda de 360 bilhões em investimentos nos próximos 15 anos), e na Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Essa é a empresa que mais investe em C,T&I no país! Os PLs 131/15 e 6726/13 são um ataque à Petrobrás e ao desenvolvimento brasileiro, mas também um ataque aos investimentos em educação, saúde, Ciência e Tecnologia, a nossa indústria e a soberania nacional!”, afirmou Tamara.
“O pré -sal para educação, saúde e C,T&I são uma conquista do povo brasileiro! O petróleo deve contribuir para o desenvolvimento nacional e para a dignidade do nosso povo! Por isso os pós-graduandos brasileiros se colocam em defesa da Petrobras pública e a manutenção do regime de partilha e da política de conteúdo nacional!”, acrescenta.
Tempo curto
Davidson Magalhães lembrou que a luta é grande e o tempo é curto, porque existe prazo determinado para votação, anunciando para próxima terça-feira (9). Assim, sugeriu visita aos gabinetes dos deputados e bancadas para fazer pressão contra a aprovação do projeto. E destacou que “os argumentos não resistem ao debate, por isso querem fazer uma votação açodada”.
“Defender a Petrobras é defender o Brasil, é defender a saúde, é defender a educação. Quando se descobriu o pré-sal pensamos que era hora de o país pagar a sua dívida com a educação do país. Esse Plano Nacional de Educação (PNE) é muito importante para nós e não podemos abrir mão do pré-sal”, destacou Selene Miqueli, representante da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE), pedindo que cada um vista a camisa da defesa do petróleo para a educação, entregando uma camiseta da campanha de defesa do pré-sal para educação.
Da redação com informações do Vermelho