Diversos representantes do movimento educacional participaram na manhã desta terça-feira (12) de ato no Palácio do Planalto com a presença da presidenta Dilma Rousseff. Intitulado Encontro da Educação pela Democracia, o ato contou com discursos em defesa da manutenção dos avanços na área educacional, além da entrega de um manifesto assinado pelas entidades, que rechaçam o golpe de estado em curso no país.
A presidenta da ANPG, Tamara Naiz, participou da cerimônia, ao lado de representantes de diversas outras entidades do movimento estudantil e educacional, como a UNE, a UBES, a Andifes, a Confederação Nacional pelos Trabalhadores na Educação (CNTE) e o Conselho Nacional de Educação (CNE). Estavam presentes os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera.
Na ocasião, Tamara destacou que a Associação Nacional de Pós-graduandos, entidade representativa de milhares de pós-graduandos brasileiros, foi a público externar sua posição diante da atual conjuntura de crise política acontecendo no Brasil. “A existência da ANPG só foi possível graças à redemocratização do Brasil. Não é por acaso que, ao completar 30 anos de existência, a história da entidade se confunda com os 31 anos de reabertura política do nosso país”, disse a Tamara.
Ela apresentou a opinião da entidade de que o agravamento da crise política, com julgamentos seletivos e vazamentos ilegais, coadunados com julgamentos assimétricos por um judiciário que ignora as garantias constitucionais e uma grande imprensa que partidariza seu discurso na defesa de um golpe jurídico na atual democracia, precisam de respostas contundentes da sociedade brasileira neste momento. “Como em contextos anteriores na história das três décadas da ANPG e da reabertura política, a ANPG é contra o impeachment sem provas ou explicações jurídicas claras baseadas no rito constitucional, e o considera – e não há outro nome que o defina – um golpe na democracia brasileira”, diz Tamara.
A presidenta da ANPG falou ainda sobre os avanços obtidos na pós-graduação nos últimos anos e da defesa da Democracia. “Nós sabemos para onde queremos ir e por isso nos posicionamos ao lado da Democracia. Não estamos sós, a SBPC, 12 entidades científicas, milhares de intelectuais e cientistas no Brasil e mundo a fora estão conosco. Além disso já são mais de 80 comitês contra o golpe nas principais universidades brasileiras”, explica.
Segundo Tamara, a entidade defende a democracia, pois “sem democracia, nenhum direito social é possível, nem os que temos, nem os que queremos conquistar.O que está em jogo são nossas possibilidades de futuro”.
Também foi salientado em sua fala a necessidade de salvaguardar nossas reservas de futuro, investindo cada vez mais em Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação. Pois, essas áreas tem um grande potencial de geração de oportunidades e inclusão social.
“A Educação e a Ciência têm um enorme potencial de geração de conhecimento e riqueza, é preciso que esse conhecimento e essa riqueza estejam cada vez mais a serviço da dignidade e da felicidade do nosso povo”, argumenta.
Por fim a presidenta da Associação defendeu a Petrobrás e o direito dos brasileiros ao petróleo e tudo que ele representa para a história e para o futuro do país. “Defender a Petrobrás é defender o Brasil”, finaliza.
Da redação