Já parou para pensar que a ciência está presente em tudo o que acontece no mundo? Ela salva vidas, ajuda a entender o comportamento humano e ainda colabora para a construção de uma economia sustentável e eficiente.
Para chamar a atenção da comunidade sobre a importância da ciência e dar visibilidade à pesquisa científica brasileira, a cidade de São Paulo será palco de um movimento internacional que ocorre no próximo mês, a Marcha pela Ciência.
Organizada por cientistas e entusiastas que reivindicam maior reconhecimento da sociedade e dos governantes, a mobilização teve início nos Estados Unidos e já ultrapassa a marca de 300 marchas satélites em diversos países, envolvendo instituições de ponta em ciência e educação. Em São Paulo, a iniciativa partiu de alunos e professores da USP, em parceria com a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).
Para os organizadores, um dos objetivos principais da mobilização é democratizar os estudos científicos e torná-los mais acessíveis e abertos à comunidade. “Precisamos aproximar a sociedade da ciência, pois ela é utilizada para o bem comum”, comenta Flávia Virginio Fonseca, aluna de doutorado do Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. “As pessoas não se interessam pela ciência e parte disso se deve à falta de preparo dos próprios cientistas para lidar com a divulgação dos estudos de maneira fácil e objetiva”. Por isso queremos também conscientizar a comunidade científica sobre a importância dessa parceria com a comunidade. “A ciência deve ser inclusiva”, comenta.
A data escolhida para o manifesto, 22 de abril, coincide com o Dia Internacional da Terra, e representa a união dos cientistas e da sociedade em geral pela valorização das pesquisas na manutenção de políticas públicas e o incentivo para o desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis. “No Brasil, temos uma carência de investimentos em pesquisa e de políticas públicas. Estudos que podem trazer benefícios à saúde pública, ao meio ambiente e novas tecnologias sustentáveis enfrentam a falta de apoio das autoridades”, afirma Felipe Simões, aluno de graduação em Biologia pela Universidade de São Paulo.
Boa parte da população brasileira, segundo os cientistas, enxerga a ciência como algo de difícil acesso e compreensão. “Para esses ela parece complexa porque envolve experimentos e tecnologia, o que não significa que seja difícil ou chata. A ciência é uma excelente ferramenta no desenvolvimento do pensamento crítico, necessários em todas as esferas da vida”, destaca a Nathalie Cella, docente do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
Reunindo o maior número possível de instituições e parceiros, a Marcha pela Ciência – SP pretende disseminar a ideia de que a ciência é fundamental para a construção de políticas e regulamentos de interesse público. Além disso, a organização criou uma página no Facebook com o objetivo de divulgar o evento e mostrar que acreditam em uma educação científica mais aberta e consciente. Nas próximas semanas, será publicado um manifesto com mais informações sobre o evento. Os entusiastas da causa também poderão contribuir com os custos operacionais do evento através de crowdfunding.
Serviço:
22 de Abril de 2017 às 14h no Largo da Batata – São Paulo
Financiamento coletivo: http://www.catarse.me/marcha_pela_ciencia_sao_paulo
Petição: http://bit.ly/2mfcVPn
Facebook: www.facebook.com/marchapelacienciasp
Website: www.marchapelacienciasp.com | Contato: [email protected]
Twitter: @marchacienciasp | Instagram: @marchapelacienciasp
Marcha pela Ciência SP