Ontem, 10 de abril, ocorreu na UFMG uma reunião dos pós-graduandos para debater o atraso das bolsas FAPEMIG e a necessidade de uma campanha pela valorização da ciência e do pesquisador. Acompanhamos desde setembro do ano passado uma irregularidade no pagamento das bolsas FAPEMIG e um desnivelamento de informações entre a agência e os programas de pós-graduação.
É inadmissível tal postura, uma vez que os pós-graduandos precisam da bolsa para garantir sua permanência nos programas e em algumas vezes até para financiamento de questões básicas para execução de suas pesquisas. O estudante Bruno Alvarenga (Doutorando em Estudos Literários pela UFMG) disse: “Recebo bolsa da FAPEMIG desde o mestrado. Infelizmente, quando soube que no doutorado continuaria com a agência o sentimento foi de apreensão. Isso porque desde o fim do ano passado convivemos com atrasos e falta de informação por parte da FAPEMIG e do governo estadual. Os repasses que antes eram feitos para as fundações ligadas às universidades a cada três meses agora são feitos mês a mês, o que ocasiona o não recebimento em dia e gera insegurança em nós pesquisadores. Esse mês, mais uma vez, ainda não recebemos a bolsa referente a março, sendo que, na UFMG, o pagamento é sempre realizado no último dia útil do mês. Sabemos da calamitosa situação financeira do estado, mas esperamos ao menos uma comunicação transparente por parte do governo e da FAPEMIG, já que nossas contas não esperam a boa vontade dos governantes.”
Sendo assim, se inicia agora um movimento em torno de uma campanha permanente pela valorização da ciência e do pesquisador:
“Convocamos todas as associações de pós-graduandos, representantes discentes, bolsistas e pós-graduandos em geral a entrarem nessa luta com a gente. Acreditamos que seja o momento de radicalizar mais nas ações em defesa dos nossos direitos e por mais conquistas para os pós-graduandos. Temos uma agenda extensa em Minas Gerais, estamos construindo a marcha pela ciência e vamos receber o salão de divulgação cientifica da ANPG e a reunião da SBPC. Seguimos mobilizados e em luta por nenhum direito a menos.” reitera Laís Moreira – Vice-presidente sudeste da ANPG.