Nascida há exatos 150 anos, em Varsóvia, na Polônia, com o nome de Maria Salomea Sklodowska, Marie Curie conquistou, por duas vezes, o Prêmio Nobel – feito repetido apenas por três outros grandes nomes, Linus Pauling, John Bardeen e Frederick Sanger.
Mas depois de mais de um século as mulheres ainda não têm as mesmas oportunidades na ciência. A Professora titular do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (IQ-Unesp), campus Araraquara; vice-presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Unesp (Fundunesp), PQ-1A/CNPq e vice-presidente da SBPC, Vanderlan da Silva Bolzani, escreveu um artigo que questiona a pouca participação.
O exemplo de Marie Curie deve ter inspirado milhares de jovens a buscarem a carreira científica, entre elas a autora deste texto. Mas quando se toma a referida premiação como medida dos resultados desse estímulo, eles podem ser considerados ainda muito modestos. Nos 90 anos que se seguiram àquela Conferência de Solvay, somando as áreas de física, química e medicina, somente 16 prêmios Nobel foram concedidos a mulheres, em um total de 320 premiações.
Ainda segundo o artigo da professora: o fenômeno da representação desigual das mulheres nas carreiras científicas de forma geral, e mais especificamente no campo conhecido como STEM (da sigla em inglês para science, technology, engineering and mathematics), está presente tanto nos países de economias avançadas como nas economias em desenvolvimento. E continua sendo um desafio para educadores e formuladores de políticas públicas. Segundo dados do governo dos Estados Unidos para 2013, apesar de as mulheres constituírem 46% da força de trabalho no país, elas ocupavam apenas 27% dos postos em ciência e engenharia e 12% no segmento exclusivo de engenharia. São números que representam um avanço em relação aos anos anteriores, mas revelam também a dificuldade que ainda existe em vencer as barreiras das estruturas tradicionais.
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