O segundo turno das eleições presidenciais é pauta dos debates que acontecem em todo Brasil. Principalmente dentro das universidades, visto que o caminho decidido no próximo domingo poderá mudar drasticamente o perfil da universidade pública brasileira, notadamente com relação ao tripé que a sustenta: Ensino, Pesquisa e Extensão.
Valorizamos um ambiente político no qual a divergência de posicionamento, da pluralidade de ideias e do reconhecimento das diferenças entre todos os cidadãos seja a regra geral. Por isso, não podemos apoiar um projeto de governo e de país em que somente prevaleça a vontade da maioria de forma que pensamentos e comportamentos julgados como inadequados sejam reprimidos com a força e intransigência de discursos e práticas sociais violentas.
No pleito presidencial de outubro de 2018, dois distintos projetos de país estão sendo colocados à escolha do povo. Neste sentido, compreendendo o volume de informações, muitas delas falsas, compreendendo o clima de disputa que tem levado o povo brasileiro a atos de violência desmedidos cerceando o direito à manifestação, a Associação de Pós-Graduandos da Universidade Federal de Viçosa, entidade estudantil que nasceu no berço da resistência ao triste momento histórico da Ditadura Militar implantada em 1964, vem a público declarar seu repúdio a todo projeto que inviabilize a universidade pública, gratuita e de qualidade.
Quaisquer projetos que visem reduzir o investimento em áreas vitais que fortalecem a defesa e a soberania nacional como são Ciência, Tecnologia e Inovação, que retire direitos dos cidadãos e cidadãs assegurados na Constituição Federal, promulgada em 1988 e que rompa com os princípios do Estado Democrático de Direito não terão nosso apoio.
Por isso, a APG UFV acredita que o caminho político será sempre aquele regido pela liberdade e pela democracia, tendo em vista a vasta diversidade que representa o povo brasileiro e a pesquisa científica desenvolvida em nosso país.
APG UFV
Viçosa/MG, 23/10/2018