Essencial para retomar os investimentos em Ciência e Tecnologia, é urgente que o projeto de país inclua a valorização dessas áreas para o desenvolvimento econômico e social.
Para isso, é preciso barrar o projeto de desmonte em curso e a saída passa pelas eleições: com um congresso nacional formado por parlamentares que coloquem a educação e a formação como prioridade para avançar.
Sob essa perspectiva, o debate “As eleições de 2022 e a urgência de uma bancada da ciência em defesa da pós graduação” realizado na tarde desse sábado (24), apresentou candidaturas femininas, engajadas na produção de conhecimento.
Ana Pimentel, candidata a deputada federal em Minas Gerais (PT), ex-secretária de saúde da Prefeitura de Juiz de Fora, ressaltou que os salários e as bolsas seguem defasadas sem correção da inflação o que torna a vida dos pesquisadores e residentes muito afastada da continuidade.
“Um país que pense a ciência e tecnologia como um projeto deve integrar a universidade pública e o SUS, para oferecer o que a sociedade precisa”.
Ampliar o fomento à pesquisa também está na ordem do dia para um país soberano, que invista em tecnologia. Flor Ribeiro, mestranda em engenharia biomédicas pela UFPE e pré-candidata à deputada estadual em Pernambuco, defendeu um orçamento próprio do estado para a pesquisa, além daqueles oriundos dos recursos da união.
“Fortalecer os projetos eleitorais, as pautas são debatidas dentro do movimento estudantil e a mudança se dá quando conseguimos levá-la aos espaços de poder”
Ana Prestes, candidata a deputada federal no DF pelo PCdoB, doutora em ciência política e diretora da Fundação Maurício Grabois, lembrou da resistência que as universidades organizam quando regimes de exceção surgem.
“Além disso, essencial que a nossas propostas estejam organizadas, assim como a ANPG desenvolveu o Plano Nacional Anísio Teixeira, que poderemos levar ao congresso no próximo período.
Olgamir Amancio, professora adjunta da UnB e pré-candidato à vice governadora pelo PT, acrescentou ao debate a importância de reconhecer a formação de profissionais qualificados para desenvolvimento de país, o que passa também por mudanças na universidade.
“Ainda que avançamos muito no acesso, nós não mudamos os currículos dos cursos, que continuam extremamente conservadores. É preciso mudar a suas estruturas. E por isso que a extensão é tão importante, além da graduação na pesquisa também, para que se vinculem à realidade”.