O ato político deste segundo dia da 13ª Bienal dos Estudantes marcou a “refundação popular” do Ministério da Cultura, que havia sido extinto no governo obscurantista de Bolsonaro. A ministra Margareth Menezes foi recebida em clima de festa e se comprometeu a “refundar, estabilizar e eternizar o Minc”, fazendo da cultura política de Estado.
A presidenta da UNE, Bruna Brelaz, apontou que democracia e cultura estão intimamente ligadas, tanto que o atentado golpista, realizado em 8/1, teve como alvo da fúria dos bolsonaristas as obras e objetos históricos dos prédios dos três poderes. “Eles odeiam o Brasil e tentaram acabar até com obras de arte, mas nós vamos reconstruir o Brasil pelas mãos do povo”, disse.
Margareth Menezes fez um balanço do primeiro mês de gestão e listou uma série de propostas que estão em andamento para serem implementadas pelo ministério. “Vamos iniciar a implantação do novo marco da Cultura e a execução das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. Também teremos um decreto com nova regulamentação da lei Rouanet, estamos em diálogo com as grandes investidoras da lei Rouanet e empresas incentivadoras para viabilizar a execução de ações culturais em territórios menos favorecidos e teremos agentes culturais nos lugares com mais dificuldades de acesso a esses recursos”, pontuou, entre outras iniciativas previstas.
Por fim, a ministra reafirmou que a refundação do Minc pressupõe abertura e disposição para o diálogo. “Pelos próximos 4 anos, o Minc será um espaço democrático”, garantiu.