Nesta última segunda-feira, 12 de março, a presidenta da ANPG, Tamara Naiz, e a tesoureira da entidade, Elisângela Volpe se reuniram em Brasília com o secretário executivo adjunto do Minsitério da Educação, Felipe Sigolo, para tratar de pautas que permeiam os interesses das pós-graduandas e pós-graduandos do Brasil.
Entre as questões tratadas a ANPG cobrou do MEC a instauração do Grupo de trabalho sobre a situação dos pós-graduandos. “Este grupo de trabalho já foi aprovado no âmbito do MEC desde 2015 e já chegou a ser criado na Capes por duas portarias, mas não se efetivou. Cobramos a sua instalação, pois o seu objetivo é fazer um levantamento da situação sócio-econômica dos pós-graduandos brasileiros para subsidiar políticas públicas e outras questões”, contou Naiz.
Na oportunidade a ANPG apresentou a Campanha de previdência para os pós-graduandos. As representantes da entidade fizeram a defesa deste projeto e da necessidade da inclusão dos estudantes no sistema previdenciário por meio da contribuição e de uma alíquota reduzida similar ao MEI. Está campanha foi lançada em novembro pela ANPG e já tem o apoio da SBPC e outras entidades, saiba mais aqui.
“Também apresentamos o nosso projeto de lei de reajuste de bolsas (veja a matéria aqui) que está em tramitação com o Deputado Lobbe Neto e reforçamos a importância do apoio do Minsitério da Educação nesta luta”, disse Naiz.
De acordo com Naiz, durante a reunião, também foi discutida uma importante pauta para os estudantes de pós-graduação: o Assédio na Universidade e a criação de uma campanha nacional para combatê-lo.
Para se entender a gravidade desta situação. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que mapeou a vida social, econômica e cultural de quase 20 mil estudantes de graduação das universidades federais brasileiras, verificou que 29% deles já haviam procurado atendimento psicológico e 9%, psiquiátrico, o que envolve problemas mais sérios. Além disso, de acordo com pesquisa do Instituto Avon e o Data Popular, 67% das mulheres afirmam que já sofreram assédio na universidade. “O desenvolvimento de transtornos na pós-graduação é um reflexo dos problemas da academia, que oferece poucas oportunidades e é preciso combater isso”, explicou Naiz.
A presidenta também afirmou que a maior procura pela ANPG dos pós-graduandos é relatando casos de assédio. “Precisamos agir, e o MEC se mostrou aberto a debater e fazer encaminhamentos para construir esta importante campanha juntos”, finalizou.